Itu terá espetáculo de contação de história afro-brasileira
A cidade de Itu recebe o espetáculo infantil de contação de histórias “Dan – O que conta o arco-íris”, protagonizado pela artista Marina Costa. A montagem, com acessibilidade em Libras, será encenada neste domingo (18), às 15h, no Museu Republicano (Rua Barão do Itaim, 67, Centro). A entrada é franca.
Com classificação livre, o espetáculo é inspirado em um conto da tradição afro-brasileira. Na trama, o mundo se desequilibra a partir da desavença entre os orixás Olodumaré e Onilé. A fim de restabelecer a harmonia universal, Oxumarê, representado em forma de arco-íris de esperança, é convocado. “Umas das qualidades do arquétipo de Oxumarê é justamente a capacidade de transformar e reequilibrar o universo à nossa volta”, destaca Marina Costa.
Na cena, ao lado da contadora de histórias Marina Costa, a plateia confere a participação dos músicos André Nascimento (cavaquinho) e Lucas Barel (percussão). Além de ser responsável pela execução ao vivo das paisagens sonoras do espetáculo, o trio canta e entoa cantigas do cancioneiro infantil africano, já integradas à musicalidade afro-brasileira, em sintonia com temas ligados ao mito de Oxumarê.
Para a contadora, a montagem se torna uma rica oportunidade para saudar o respeito e a tolerância. “Acreditamos que a maneira mais eficaz de combater qualquer tipo de preconceito é o conhecimento. Historicamente, o racismo, especialmente o racismo religioso, manifesta-se de diferentes formas e em diferentes espaços da nossa sociedade. Cremos que a maneira mais eficaz de eliminá-lo é a promoção de conhecimento e informação, pois estes aproximam os indivíduos em vez de separá-los”.
Ao fim do arco-íris, qual mensagem a montagem gostaria de plantar no coração de cada pequeno espectador? “Para começar, o respeito às regras que organizam nossa comunidade, em especial os valores que nos formam e perpetuam o nosso legado. O espetáculo também rememora outros valores, como a importância de aprendermos o que os nossos mais velhos têm para nos ensinar no âmbito familiar. É o que chamamos de ancestralidade e oralidade. E mais: que esse rememorar e aprender podem ser feitos por meio da brincadeira e da música.”
A oficina gratuita
Conduzida pela arte-educadora Josiane Teixeira, a Oficina de Barangandão será ministrada após a encenação do espetáculo. Na ocasião, as crianças terão a oportunidade de construir o seu próprio brinquedo, que tem origem africana e se assemelha a um arco-íris.
“A oficina vem ampliar o momento lúdico da criança, que começou logo antes com a narração. Ou seja, possibilita que a criança materialize e brinque com a história que ela acabou de ouvir. Essa oportunidade aumenta a experiência artística e sensorial”, pontua Marina Costa.