Ituanos participaram da Revolução de 1932
Em 9 de julho, o Estado de São Paulo reverencia o feriado comemorativo à Revolução de 1932, que foi um movimento armado envolvendo os estados de São Paulo, Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul) e Rio Grande do Sul, que entre julho e outubro daquele ano se insurgiram contra o governo provisório de Getúlio Vargas, buscando convocar uma Assembleia Nacional Constituinte.
Itu, por intermédio do 2º GAC – Regimento Deodoro, então 4º RAM – Regimento de Artilharia Montada, teve participação efetiva no movimento, com função de apoio de fogo às tropas constitucionalistas na chamada “Frente Norte”, no Vale do Paraíba.
Efetivamente 353 militares do 4º RAM deslocaram-se para a capital em 10 de julho, onde se abasteceram com equipamentos, munições e armamentos, partindo para a cidade de Lorena, no Vale do Paraíba, de onde pretendiam avançar até o Rio de Janeiro, para depor Getúlio Vargas.
O movimento foi sufocado, mas suas principais reivindicações foram alcançadas posteriormente, como a nomeação de um interventor civil e paulista, a convocação de uma Assembléia Constituinte e a promulgação da Constituição de 1934.
Os ituanos envolvidos no levante lutaram bravamente, mas não sem baixas. Dos 353 militares, além de voluntários civis que se juntaram, os ituanos sofreram oito mortes e 32 feridos. Dentre os falecidos estava o 1º Tenente Silvio Fleming, que hoje dá nome a uma rua na região central da cidade.
Tendo morrido em combate, o Tenente Silvio Fleming (que post mortem foi promovido a Capitão) tinha 27 anos de idade e foi sepultado no Cemitério Municipal de Itu com honras de herói em agosto de 1932. Em julho de 1959 seus restos mortais foram exumados e trasladados para a capital paulista, onde encontra-se no Mausoléu do Soldado Constitucionalista, na região do Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo.
Desde 2012, na Praça Duque de Caxias, defronte ao Quartel de Itu, existe um monumento que homenageia os pracinhas ituanos e o Capitão Silvio Fleming.
As fotos que ilustram a matéria mostram integrantes ituanos que participaram efetivamente do movimento, postadas na página Lembranças do Quartel de Itu, administrada pelo sempre dinâmico e competente ex-Relações Públicas e Sargento da Reserva Lineo Henrique da Costa.
Época que tínhamos orgulho de nosso exército. Hj só vivem de pintar meio fio