Julho Amarelo: atenção contra as hepatites virais

Em 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, e ao longo do mês é celebrado o Julho Amarelo, uma campanha de conscientização sobre as hepatites virais. O objetivo é alertar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico e também o tratamento dessas doenças.

A campanha foi instituída no Brasil pela Lei 13.802/2019, tendo por finalidade exatamente a conscientização e o reforço das ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites, buscando reduzir a incidência e mortalidade por hepatites, além de promover acesso à informação e serviços de saúde.

A Dra. Luciana Gomes Corrêa é médica infectologista e homeopata da Unimed Salto/Itu e falou ao Periscópio sobre as hepatites virais, relatando que “as hepatites virais são inflamações no fígado, causadas por diferentes vírus, muitas vezes silenciosas, mas podem evoluir de forma crônica e causar complicações graves, como cirroses, insuficiência hepática e câncer de fígado”.

Dra. Luciana Gomes Corrêa esclarece sobre a doença e seus tipos e o correto tratamento (Arquivo Pessoal)

Ela destaca, entretanto, que embora sejam “potencialmente graves, são preveníveis e tratáveis, merecendo uma atenção especial da população e dos profissionais de saúde”.

Os principais tipos de hepatites são A, B, C, D e E, sendo que as hepatites A e E são transmitidas principalmente por ingestão de água ou alimentos contaminados e estão associadas a condições sanitárias inadequadas. “Já as hepatites B, C e D são transmitidas por sangue e fluidos corporais, como relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas ou instrumentos não esterilizados e a hepatite D só ocorre em pessoas que já têm hepatite B.”

Segundo a médica, “pessoas com hepatite, especialmente B e C, podem viver por anos sem apresentar sintomas e quando surgem, podem ser leves e facilmente confundidos com outras doenças”. Por isso, ela destaca que “a única forma de confirmar a infecção é por meio de exames de sangue específicos. Por isso é fundamental fazer o teste, especialmente se houver fatores de risco ou histórico de procedimentos invasivos”.

Mas vale destacar que “existem vacinas eficazes e seguras para as hepatites A e B (a vacina contra a B também protege contra a D). A vacina contra a B está disponível gratuitamente pelo SUS para todas as idades e a vacina contra a A é oferecida para crianças e alguns grupos de risco”.

“Pessoas acima de 50 anos podem ter sido expostas a fatores de risco antes da existência da vacina e da testagem rotineira”, diz a médica, lembrando que “muitas recebem transfusões de sangue ou passaram por procedimentos médicos em uma época com menos controle. Por isso, essas pessoas devem conversar com seu médico e realizar os testes, mesmo que se sintam saudáveis”.

Finalizando, a Dra. Luciana informa que “algumas atitudes simples fazem toda a diferença: lavar bem as mãos e alimentos; beber água tratada; usar preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas e escovas de dente; exigir materiais esterilizados em procedimentos estéticos e de saúde; manter a vacinação em dia e realizar testes regularmente, especialmente se estiver em grupos de risco”. Dra. Luciana Gomes tem um site: www.dralucianagomescorrea.com.br e seu Instagram é @dralucianag.

Já a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou que ações educativas estão sendo realizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de acordo com a demanda de pacientes.

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