Jurassic World: Reino Ameaçado
Por André Roedel
“A vida encontra um meio”. A frase, que é praticamente um mantra na franquia “Jurassic Park”, está mais do que presente em Jurassic World: Reino Ameaçado, filme que estreou oficialmente na última quinta-feira (21), mas já está em cartaz em esquema de pré-estreia desde o dia 14 de junho.
Nesta continuação direta de Jurassic World, filme de 2015 que resgatou o clássico dos anos 1990, vemos um conceito ético muito interessante – nesse contexto hipotético, é claro: os dinossauros revividos através de engenharia genética têm os mesmos direitos de outros seres? Esse questionamento ocorre quando a ilha Nublar, que abrigava o parque dos dinossauros, está prestes a ser consumida por um grande vulcão em atividade.
Mas o longa dirigido por Juan Antonio Bayona (de O Impossível) não fica só nessa discussão e trata de entregar o que os fãs e os não fãs querem, que é uma aventura pipoca recheada de dinossauros fantásticos (incluindo uma nova e ameaçadora espécie) e muitos efeitos especiais. Tudo com um clima nostálgico e a mesma beleza visual que impressiona desde o primeiro filme de 1993, que este ano completa 25 anos – apesar de agora os dinos serem praticamente todos realizados através de computação gráfica, com poucos animatrônicos que ganharam fama no Mesmo com alguns deslizes no roteiro e uma trama apressada em certos momentos (coisa normal em um blockbuster descompromissado pensado especialmente para as férias de verão norte-americanas), Jurassic World: Reino Ameaçado traz a ótima química dos protagonistas Bryce Dallas Howard (Homem-Aranha 3) e Chris Pratt (Guardiões da Galáxia). O casal se dá bem nas telonas e parecem estar se divertindo naquele universo fantástico.
E isso é muito importante. Porque, desde sua concepção pelo gênio do cinema Steven Spielberg, que se baseou no livro homônimo escrito por Michael Crichton, a série de filmes Jurassic Park tem como intuito entreter, simples e puramente. É claro que paralelamente a isso é possível trazer discussões mais aprofundadas, como este quinto filme da franquia traz, mas sempre com a ideia de divertir o espectador.
No fim, o que interessa para quem vai assistir é um longa-metragem descontraído e leve, mas que não subestime o espectador. E Bayona – sem o charme da direção de Spielberg ou Colin Trevorrow, do filme anterior – consegue ainda incursar a trama para algo mais próximo do gênero de terror. Jurassic World: Reino Ameaçado é perfeito para conferir em família durante as férias escolares. Por isso, vale muito o ingresso!
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