Justiça absolve policiais de Itu acusados de abuso de autoridade e furto de joias
No último dia 24 de julho, acatando um pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo, foi arquivado um processo e, com isso, os policiais civis Moacir Cova, Bruno Ceccolini e Fábio Consalez Xavier de Freitas, foram absolvidos da acusação de abuso de autoridade e roubo de joias, que teria ocorrido em 2020, na cidade de Indaiatuba
O caso havia sido denunciado pelo site “Ponte.org”. De acordo com a denúncia, na época o trio teria sido acusado de invadir uma residência sem mandado e furtado três caixas contendo joias e bijuterias do neto de uma moradora de um condomínio na cidade vizinha.
De acordo com o apurado pela reportagem do Periscópio, o promotor Marcelo di Giácomo Araújo entendeu que havia “fragilidade” das provas obtidas, uma vez que a moradora do prédio, a única testemunha a mencionar a invasão dos policiais, faleceu oito meses depois sem prestar depoimento em juízo.
Já o neto dela, dono das joias, disse na Corregedoria da Polícia Civil que as teria levado com ele em uma viagem ao Chile, mas não chegou a ser ouvido no processo. Por fim, a ex-esposa do dono das joias declarou em audiência, no dia 25 de junho, que ele lhe teria dito que o crime não tinha acontecido.
Os três policiais negaram o furto das joias. O juiz José Eduardo da Costa acatou o pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo e absolveu o trio pelo crime.
Os policiais civis foram absolvidos, com o juiz apontando a ação dos mesmos como cumprimento do dever durante investigação. A vítima ainda confirmou que as joias não foram furtadas, tendo sido retiradas por seu ex-marido antes da viagem.
Ao JP, Moacir Cova, um dos acusados, afirmou que a investigação sobre o furto os levou a um local em Indaiatuba onde suspeitavam ser de atividade de tráfico de drogas. Durante a abordagem, os policiais encontraram drogas e parte dos objetos furtados, o que justificava a entrada no imóvel.
Com base nas informações apresentadas, o juiz concluiu que a ação dos policiais se encaixava no cumprimento do dever legal, absolvendo os acusados das acusações de abuso de autoridade e subtração de objetos. Ainda à reportagem do JP, Moacir declarou que a denúncia se deu simplesmente por “perseguição política”.