Lojas CEM se coloca à disposição para ajudar Polícia Federal em operação

Em nota, empresa diz que apoia totalmente as investigações e que sempre agiu com lisura

Alvo da Operação Boca Livre, que investiga fraudes em 250 contratos da Lei Rouanet que não passaram por fiscalização do Ministério da Cultura, a Lojas CEM, de Salto, se colocou à disposição da Polícia Federal. “A Lojas CEM, ciente da licitude de todos os seus negócios, apoia totalmente as investigações e está prestando toda a colaboração necessária para o esclarecimento dos fatos”, afirma a empresa em nota oficial.

No mesmo comunicado, a Lojas CEM informou que “investiu em projetos incentivados, como forma de contribuir para o desenvolvimento cultural do País, em uma editora que, agora se sabe, está sendo investigada” e que na última terça-feira (28) “recebeu a visita de representantes da Polícia Federal, que solicitaram comprovantes desses investimentos, no que foram inteiramente atendidos”.

A Lojas CEM declarou ainda na nota sempre ter agido com total transparência e lisura para com todas as pessoas e instituições com as quais se relaciona.

A operação
A Operação Boca Livre foi deflagrada pela Polícia Federal, em parceria com a Procuradoria da República e o Ministério da Transparência, na última terça. Mais de 120 policiais saíram às ruas para cumprir os diversos mandados de prisão temporária e busca em 10 empresas localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, entre elas a Lojas CEM.

De acordo com a Polícia Federal, as empresas teriam se beneficiado de um esquema montado pelo Grupo Bellini – companhia produtora de eventos culturais – para financiamento de shows e eventos culturais. Até um casamento de luxo em Jurerê Internacional (famosa a badalada praia em Santa Catarina), de um dos filhos do proprietário do grupo, Antonio Carlos Bellini, teria sido pago com recursos da Lei Rouanet.