Luigi Bandettini: cinquenta anos de um atleta de ouro

Comemorando 50 anos initerruptos na disputa de Jogos Regionais, Luigi coroa sua longevidade como campeão

Luigi Bandettini

Moura Nápoli

Quando esteve em Avaré, para a disputa dos 60º Jogos Regionais 2016, Luigi Bandettini viveu um momento marcante em sua história como atleta, técnico e dirigente esportivo. Dos 60 anos da competição, Luigi comemorou 50 anos de disputa. Um marco!

O “Periscópio” falou com Luigi, figura das mais simpaticas, sempre atenciosa e colecionadora de amigos sobre a façanha de estar presente a 50 edições da competição, sem falhar um ano sequer.

“Eu comecei em São Bernardo do Campo, em 1.966. Tinha 14 anos e fui pelo Basquete. Eu era muito menino e a Lourdes Carneiro e o Jucão, vieram até a casa do meu pai, pedir autorização para que eu pudesse viajar”, lembra. “Eu era o mascote da equipe que tinha Armando Toccheton, Carneirinho, Massoco, Walter Toccheton, Salin Cury e como eu treinava com eles, minha ida aos Jogos foi até como um prêmio para mim”.

Nestes 50 anos, 45 foram defendendo as cores de Itu. “Disputei três anos por Salto, um por Campinas e um defendendo Osasco”, diz Luigi que além do Basquete, seu chamado carro-chefe, chegou a disputar também Vôlei e nos últimos anos dedica-se à Bocha. Luigi, neste período, atuou como atleta, técnico e também dirigente.

O atleta lembra de outras pessoas como Vicente Elias Schanoski ou Zezé Dias, que por anos e anos estiveram envolvidos com Jogos Regionais e Abertos, mas ninguém chegou a marca dos 50 anos sem parar.

Com tanto tempo em ação, é difícil lembrar a maior conquista. “Eu acho que todas as conquistas foram importantes, mas tem um vice campeonato de Basquete, quando em nossa região disputavam Campinas, Bauru, São Bernardo, Jundiaí… Agora, este último título, o de 2016, jogando Bocha, também foi especial pelo fato de ser campeão comemorando exatamente esses 50 anos”, revela.

Mas – e nem poderia ser diferente – houveram também decepções. “No início nossa estrutura de alojamento era extremamente precária. Não é como hoje, em que Itu tem uma estrutura extraordinária. Sou de um tempo em que dormíamos em colchonetes de dez centímetros e a comida era arroz com salsicha e salsicha com arroz, salsicha com batata e batata com salsicha. Hoje Itu tem nutricionista e tudo”, constata hoje, rindo.

O atleta, entretanto, prefere falar do orgulho. “Tenho um orgulho enorme em ver que meus filhos participaram muito dos Jogos. O Alexandre e o Pier jogaram Basquete e Handebol e minha filha Ana Carolina, no Vôlei, participaram por anos seguidos também”, diz Luigi que não esconde a satisfação de ver as netinhas que já começam a praticar Vôlei.

Em tom de brincadeira, perguntamos como Luigi pensa em disputar os Jogos nos próximos 50 anos. Entre risos, ele diz que ainda pretende jogar Bocha por mais um bom tempo e faz uma revelação interessante.

“Por uma feliz coincidência, Os jogos Abertos deste ano será em São Bernardo do Campo, cidade onde há exatos 50 anos, disputei meu primeiro Jogos Regionais. Então, 50 anos depois, estarei retornando onde tudo começou”.