Mãe: amor incondicional e sem fronteiras!


Neste domingo (11) comemora-se o Dia das Mães. Geralmente nesta data as mães se reúnem em comemoração ao lado de seus filhos e demais familiares, porém, em alguns casos, a distância impede um carinho presencial.

É o caso de quatro famílias que a reportagem conversou e traz relatos. A assistente social Solange Ribeiro, de 60 anos, é mãe de Carlos Daniel e Danilo Fernando, que, assim como ela, moram em Itu. Porém, a filha Danielle, de 34 anos, há nove meses mora em Brasília (DF), sendo que anteriormente residiu por oito anos no Japão.

“Mães e filhos, não existe amor mais puro. Tenho três filhos, dois meninos e uma menina, todos casados,os meninos moram aqui perto de mim. A menina, morava no Japão , outro lado do mundo, agora está morando em Brasília, perto e longe ao mesmo tempo. Falo com eles todos os dias e quando não me respondem,insisto até saber se estão bem, graças a Deus que a tecnologia diminuiu essa distância”, afirma Solange, que tem três netos, sendo dois filhos da Danielle, e acaba tendo a saudade triplicada. 

“Sou uma mãe e avó realizada, mas como toda mãe canceriana, queria tê-los por perto o tempo todo. Agradeço todos os dias a Deus por não ser essa mãe que nem a distância conseguiu nos separar, emociona-se.

Já Danielle comenta que a distância física a aproximou mais de sua mãe. “Conforme a gente vai envelhecendo a gente passa a entender melhor os nossos pais. O relacionamento entre mãe e filha melhorou bastante. A gente sai de uma adolescência e juventude que muitas vezes não tem um bom relacionamento e quando a gente sai de casa a gente passa a valorizar.”

Para Danielle, sua mãe é sinônimo de coragem, de força, da não desistência dos sonhos e objetivos, de proteção. “Ela representa isso, minha mãe é uma leoa, é proteção, amor e coragem e acredito que é o que há de melhor em mim e que eu puxei dela.”

A psicanalista e terapeuta integrativa Ivone Dutra, de 58 anos, é mãe de Karen, que mora na cidade de Itu e também é mãe de Rodrigo, de 36 anos, que mora no Porto, em Portugal. Ela diz que faz parte daquelas mães que “vivem em pânico enquanto os filhos estão a milhares de quilômetros de distância, em outro país”.

“A mãe está no Brasil, a fazer uma feijoada, enquanto o filho está na Europa, a comer um croissant! Daí penso: meu Deus, será que ele sabe como cozinhar? Ou vai viver de miojo e pizza congelada? Se ficam doentes então, ficamos também”, desabafa a psicanalista. “Somente quem vive esta experiência sempre vive na expectativa do filho voltar para o seu verdadeiro destino.”

A jornalista e professora Rayneci Rigio, de 66 anos, comenta que, há nove anos, sua filha Marjorie foi convidada para ser madrinha de um casamento na Austrália e aproveitou a oportunidade para cursar inglês, mas resolveu ficar por lá, “do outro lado do mundo”. “Apesar de nos visitar a cada dois anos, nunca coincidiu ser no Dia das Mães. Não é fácil, mas o que importa é que ela está feliz e realizada, tudo o que uma mãe quer.”

“Minha outra filha, a Nathalie, mora em Itu, mas viaja muito e, esse ano, estará na Europa no Dia das Mães, ou seja, Dia das Mães sem as duas. É triste, eu sei, mas o importante é que estão felizes, melhor presente para uma mãe”, reforça a jornalista. Filha de Rayneci, a psicóloga de formação e atualmente gerente de um restaurante em Melbourne, Marjorie Rigio, de 36 anos, fala um pouco sobre a distância.

“Morar tão longe da minha mãe não é algo que eu tinha planejado, nunca me vi longe dela, mas a vida me guiou para o outro lado do mundo. Quando estou passando por alguma dificuldade e tudo o que eu preciso é um abraço da minha mãe, o único conforto são as chamadas de vídeo, que jamais substituiria o afeto físico – o amor em forma de abraço – mas alivia um pouco a saudade.”

Apesar da distância física, Marjorie destaca que a mãe sempre está com ela e a cada dia, se vê mais parecida com ela e diz ter “o maior orgulho disso”. A gerente aproveita para se declarar. “Mãe, a força que eu tenho para continuar e ir atrás dos meus sonhos vem de você! Você é minha base, obrigada por tudo! Te amo muito! Feliz Dia das Mães!”

A jornalista Camila Bertolazzi Moraes, de 36 anos, vive há 15 anos em Brisbane, na Austrália, e também fala sobre a distância da mãe, Elizabeth, moradora de Itu. “Morar na Austrália enquanto minha mãe está no Brasil é uma das coisas mais difíceis com as quais tive que me acostumar. A distância física é especialmente dolorosa em datas especiais como o Dia das Mães, o Natal e os aniversários – momentos que foram feitos para serem compartilhados com quem a gente mais ama.”

“Apesar da distância, meu amor e admiração por ela só aumentam. Minha mãe é uma mulher incrível que conduz a vida com força, delicadeza e um amor sem limites. Sua resiliência, fé e alegria são qualidades que carrego comigo todos os dias’, se declara a jornalista.

“Sou imensamente grata pela tecnologia que nos mantém conectadas – poder ver o sorriso dela, ouvir sua voz e compartilhar os altos e baixos da vida, mesmo do outro lado do mundo, é uma bênção pela qual sou eternamente grata”, conclui Camila. 

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