Manifestação pela educação em Itu leva poucos participantes ao Centro
A manifestação em favor da educação e contra o contingenciamento de recursos promovido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) não vingou em Itu. Cerca de 30 participantes estiveram presentes no ato convocado para a tarde da última quarta-feira (15), na Praça Dom Pedro I, no Centro. Entre eles estavam estudantes, professores e militantes de partidos de esquerda.
Com baixo quórum, os manifestantes acabaram por realizar uma roda de conversa em que a educação foi tema. Em Salto, porém, o ato foi maior e reuniu alunos do Instituto Federal – que seria ameaçado pelos cortes anunciados no orçamento do MEC. O protesto contou com a participação também de integrantes da Apeoesp Subsede Salto, liderados pela coordenadora Rita Diniz.
Alguns manifestantes de Itu e Salto foram para São Paulo, engrossar a greve de professores que reuniu cerca de 250 mil pessoas na Avenida Paulista. No local, além dos profissionais da educação, também estiveram líderes de centrais sindicais e de legendas como PSOL, PT e PCdoB, e também estudantes de universidades públicas.
Análise
Para o estudante Guilherme Henrique Salles da Costa, a paralisação é sempre importante, independente do momento, do governo e da área que está sendo cortada a verba. “É importante ter a mobilização pela educação. A gente sempre se baseia nas palavras do Paulo Freire: ‘Educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo’”.
Já a professora Rosana Aranha afirma que “a educação nunca foi tratada como deveria neste país”. “Um país sem educação, sem ciência, é um país fadado a exportar grãos e carne para o resto da vida e ficar para trás”, declarou ela. “A gente ainda acredita na educação e trabalhamos para que as pessoas possam ter acesso a uma educação pública de qualidade”.
Michelle Duarte, presidente do PSOL de Itu, foi uma das lideranças partidárias presentes no ato no Centro da cidade. Ela comentou a baixa adesão de manifestantes. “Aqui em Itu é difícil a gente conseguir fazer uma movimentação, organizar, até pela questão que muitos funcionários não conseguem aderir às paralisações por ordens de cima, ameaçando corte de cesta básica, de vale-alimentação, do valor do dia. É muito difícil para os funcionários conseguirem aderir, mas a quantidade que está aqui é muito válida”, disse.
Sem parar
A reportagem esteve em contato com a Diretoria de Ensino – Regional de Itu para obter informações a respeito da greve promovida por professores e estudantes. Segundo o órgão, não houve nenhuma escola com paralisação integral. “Na cidade de Itu, tivemos de manhã 137 e à tarde 138 professores do Estado ausentes”, informa.
A Diretoria de Ensino ainda disse que o conteúdo programático e o calendário escolar não serão prejudicados, considerando que pode haver, oportunamente, data de reposição em algum sábado. A respeito do contingenciamento de verbas promovido pelo Governo Federal, a Diretoria informou que suas atividades permaneceram inalteradas, em plena execução.
O povo de Itu não está preocupado com educação. Agora vcs dizerem que não vingou? Nesse caso melhor poucos do que nada.