Marquinhos garante que venda de terreno não resolve finanças da Prefeitura
Presidente da Câmara diz ainda que prefeito eleito poderá convocar uma extraordinária, caso queira aprovar o projeto
Diante do impasse envolvendo a discussão e votação do projeto que autoriza a venda do terreno da Cemil, que se encontra parado na Casa de Leis, o presidente da Câmara, Marquinhos da Funerária (PSD), resolveu desabafar. Indignado com as colocações que vêm sendo feitas sobre a propositura, o vereador disse que é impossível esse dinheiro ser usado para pagamento do 13° salário dos funcionários públicos e deixou claro que, se a próxima legislatura quiser, o projeto poderá ser votado em sessão extraordinária, já no início do ano de 2017.
“A venda desse terreno não vai resolver o problema (financeiro) da Prefeitura. É impossível esse dinheiro ser usado para o pagamento do 13° salário dos servidores”, argumentou.
Marquinhos da Funerária explicou ao “Periscópio” os trâmites que seriam necessários para que a venda se concretizasse. “Primeiro ele (o projeto) teria que ser votado e aprovado em plenário. Depois ele volta para a Prefeitura para ser promulgado e, em seguida, iria para leilão. Só esse processo demora cerca de 30 dias”.
O presidente do Legislativo ituano também explicou que o leilão não é algo simples de ser feito. “Tem todo um processo de venda. Após o leilão, quem comprou precisa apresentar a documentação e o projeto do que vai ser feito com o prédio. Essa burocracia toda leva mais uns 30 dias. Resumindo, são pelo menos dois meses para que o dinheiro caia na conta da Prefeitura, então como pode se dizer que essa verba seria usada para quitar o 13°? Não tem sentido”, justificou.
O vereador completou seu esclarecimento alegando que não coloca em votação a venda do terreno, por achar que não é um bom negócio para a cidade. “A população não quer a venda deste imóvel. Portanto, se a outra Legislatura quiser, que faça uma (sessão) extraordinária em janeiro e venda, mas que fique claro, essa extraordinária tem que ser convocada pelo prefeito”.