Matheus Costa avalia sua experiência na Câmara e projeta futuro

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Prestes a encerrar seu mandato como vereador, Matheus Costa concedeu uma entrevista ao “Periscópio” onde fez um balanço de sua trajetória nos últimos quatro anos. O vereador explicou como foi sua candidatura a vice-prefeito de Neto Beluci, fez uma análise da vitória de Guilherme Gazzola e também comentou sobre sua nova função dentro do PHS.

JP – Como foi sua experiência nesses quatro anos como vereador?
Matheus Costa: Apresentei diversos projetos de lei de interesse para o município, vários deles viraram leis. Fizemos diversos requerimentos cobrando informações, chegamos a apresentar um pedido de CEI (Comissão Especial de Inquérito) para investigar o contrato com a Águas de Itu. Foi muito triste, por apenas uma assinatura não conseguimos implementar na Câmara a CEI. E sempre que a cidade precisou, eu estive pronto a ajudar. Não pratico a política do quanto pior melhor. Me preparei para ingressar na vida pública e encaro com muita seriedade esse ofício. Sei que ainda tenho e posso contribuir muito com a minha cidade.

JP – Você era candidato a prefeito, mas acabou saindo a vice. Como foi que isso aconteceu?
Matheus Costa: O trabalho que eu vinha desenvolvendo realmente era para ser candidato, mas uma candidatura a prefeito não depende só de uma vontade pessoal; tem uma série de circunstâncias que a envolve. Nós tínhamos um grupo bom, mas com estrutura bem limitada. Em um quadro com diversos candidatos, como havia naquele momento, entendíamos que o risco de pulverização dos votos beneficiaria apenas uma pessoa. Então buscamos compor. Em uma das conversas com o Neto, estávamos a 40 dias das convenções mais ou menos, existia um empate técnico entre eu e ele. Fizemos um acordo de que quem estivesse melhor nas pesquisas nas convenções seria o candidato e o outro viria como vice. Quando encomendamos outra pesquisa, já nos dias que antecedia as convenções, ele havia aberto a diferença de 4%, então mantive minha palavra.

JP – Qual é a lição que você tira de processo eleitoral?
Matheus Costa: Essa foi minha terceira experiência com as urnas e sempre crescendo eleitoralmente, graças a Deus. Mas o mais interessante é que nenhuma eleição é igual a outra. Na primeira fiz quase 1.500 votos que me elegi vereador, em 2014 uma expressiva votação de quase 15.000 votos e fui um dos mais votados da cidade para deputado. E nessa ficamos próximos dos 22.000 votos, faltando muito pouco para a vitória. Acho que apenas 647 votos.

JP – O que você achou da vitória do Guilherme Gazzola?
Matheus Costa: Foi uma eleição bastante dura desde o começo. Houve muitos panfletos anônimos maldosos atacando todos os candidatos, também. Uma eleição difícil. Porém, nos últimos dias havia um número expressivo de eleitores que estavam indecisos, parte significativa acabou optando pelo Guilherme e foi o que fez a diferença no final. Essa diferença representou menos de 1% dos votos válidos entre nós e ele. Mas espero muito que a cidade avance, se desenvolva, e que ele cumpra tudo o que prometeu nesta eleição, porque certamente estaremos acompanhando.

JP – Sabemos que você faz parte da executiva estadual do PHS e é presidente municipal do partido, com representatividade na Câmara. Como fica a posição do partido na cidade?
Matheus Costa: Como já disse, não praticamos a política do quanto pior melhor. Acho que essa não é a postura ideal de quem tem espírito público, mas penso que é necessário ter independência para fazer proposituras, cobrar informações e fiscalizar o executivo. Não seremos radicais, mas o PHS certamente não será governo, também. Se houver uma postura diferente por algum membro do partido ele estará respondendo por si e não pela agremiação e aí veremos como ficará.

JP – Qual é a função que você irá exercer na executiva estadual do partido?
Matheus Costa: Esta semana fui nomeado oficialmente para ser o secretário de Comunicação e Juventude na executiva estadual, ou seja, faremos um trabalho junto aos diretórios do partido nas cidades do Estado e estaremos formando a juventude nos diretórios municipais. Eu acredito que através da capacitação e incentivo aos jovens é possível construirmos um futuro melhor. Não será fácil, mas gosto de desafios.

JP – Quais são seus planos para o futuro?
Matheus Costa: 2017 será um ano de muito trabalho. Tenho um compromisso partidário como falei, estarei, também, ajudando as cidades com interesse turístico na região pelo bom transito que temos na secretaria estadual do Turismo. Agora, claro, olhando para 2018, onde o PHS tem total condição de eleger um deputado estadual em Itu, por sermos um partido onde a legenda exige menos votos que os partidos tradicionais.