“Mercadão” agrada lojistas com as modificações feitas em 2019

Um monumento histórico da cidade, o Mercado Municipal de Itu, presente na cidade desde 1905, foi completamente restaurado e a reinauguração aconteceu em 19 de dezembro de 2019. A partir desta data, o prédio que foi projetado pelo conceituado Ramos de Azevedo, manteve sua estrutura original, mas passou por obras que duraram 18 meses e custaram aproximadamente R$ 4,5 milhões, provenientes de verba estadual.

A função original, que mantinha boxes onde eram comercializados hortifrutigranjeiros e outros produtos e mercadorias destinados à subsistência da população local e regional, passou a abrigar um espaço gastronômico e a ser palco de eventos artísticos e culturais.

Neste mês, a reportagem do Periscópio manteve contato com alguns estabelecimentos lá locados. Seus proprietários falaram a respeito das mudanças ocorridas.

João Vaccari e a filha. Empório Ituano mudou de ramo e acompanhou a modernidade

Empório Ituano – Estabelecido no Mercadão desde 1982, João Jacinto Vaccari Carneiro, 47 anos, diz que o espaço onde situa-se o Empório Ituano era mantido por seus pais [já falecidos]. “Eles vendiam bolsas, artigos de pesca, bijuterias e brinquedos. Agora, com a nova ideia do mercado, passando a ser um centro gastronômico, foi mais viável mudar para o Empório”, afirmou.

João diz estar plenamente satisfeito com a mudança. “Preencheu as minhas expectativas. Foi uma das melhores coisas que poderia ter acontecido para a cidade. O mercado, como estava, poderia ter pegado fogo ou caído na cabeça de alguém. Essa revitalização, transformando-o em um centro gastronômico, criou um novo lugar para a população e turistas estarem visitando. Para mim, ficou 100%”.

Com relação ao Empório Cultural, evento que acontece aos finais de semana e que festejou seu primeiro aniversário, João garante que “foi muito bom, não tenho do que reclamar. Só agradecer a Secretaria da Cultura”.

O Mercadão é o terceiro endereço do Palhoça, sempre sob o comando de Fabrício

Palhoça – Para Fabrício Kaminskas Lopes, 45 anos, proprietário da Lanchonete Palhoça, a mudança também agradou. Na verdade esse é o terceiro endereço da lanchonete, que “começou na Rua Sorocaba, depois mudou-se para a Floriano Peixoto defronte a Delegacia e agora estamos aqui no mercado”, disse.

O que motivou essa mudança, segundo Fabrício, foi “a proposta dessa nova fase do Mercadão, encaixou muito bem com a minha proposta de mudar os ares de onde eu estava. Eu queria realmente um local menor e com a ‘cara’ do meu negócio”.

Para Fabrício a ‘cara’ do Palhoça é “aquelas coisas mais raiz, contemporânea, original e isso casou muito com a nossa proposta e o local. Estamos dia a dia melhorando nosso movimento, estamos fazendo um almocinho mais tradicional, que vem agradando. Nós sabemos que aqui é um lugar que abriga pessoas que chegam da rodoviária, é um local mais de passagem, então acho que estamos agradando”, concluiu.

Para o comerciante, o Empório Cultural é um evento que agradou bastante. “Gostamos, foi uma situação bem legal que a Prefeitura proporcionou e nos ajudou bastante, principalmente no período noturno”, finalizou.

Roberto e Eliane estão satisfeitos com a mudança, que foi benéfica para o negócio

Pastelaria do Roberto – De propriedade de Roberto Rodrigues da Silveira, 70 anos, a pastelaria está na área do Mercadão há 18 anos. Quem diz é Eliane Josefa Souza da Silveira, 45 anos, esposa de Roberto. “Na verdade estamos aqui neste espaço de dentro faz três meses e meio. Nós atendíamos em um box do lado de fora”.

Para Eliane a mudança está sendo benéfica pois “nós estávamos lá fora, e como vão [a Prefeitura] reformar lá, pediram para que viéssemos para dentro. Assinamos um contrato de cinco anos e sem dúvidas já sentimos uma melhora”.

A melhora, diz Eliane, “não é apenas para gente. É para o público também. Nossos clientes gostaram da mudança. É bem mais confortável e espaçoso. Nossos clientes vieram junto e ganhamos outros aqui. As coisas estão indo bem”, alegra-se.

Eliane destaca dois pontos fundamentais para o sucesso do novo Mercadão: “o espaço de aconchego é bem maior, a higienização é ótima. Tem a parte dos banheiros para os clientes, que é muito bom…”. A comerciante diz que “ainda há coisas a se fazer, mas eles vão mexendo no dia a dia e as coisas estão melhorando”.

A Pastelaria do Roberto não funciona no período noturno e por isso, não há como opinar com relação ao Empório Cultural. Segundo o genro de Roberto, “nossa equipe ainda é pequena e não dá para trabalharmos a noite, mas isso ainda poderá mudar”. 

Empório Cultural – Existente desde 06 de maio de 2023, o projeto Empório Cultural é uma realização da Prefeitura, por intermédio da Secretaria de Cultura e Patrimônio Histórico, e completou seu primeiro ano.

O intuito do Empório Cultural é o resgate da importância das atividades culturais, de arte, gastronomia e economia criativa, em todos os sábados do mês. Neste primeiro ano, recém completado, mais de 30 artistas já passaram pelo Mercadão trazendo entretenimento para mais de três mil pessoas que já passaram por lá.

Segundo a Secretaria, “o público tem dado uma resposta muito positiva em um ambiente em que crianças, jovens, adultos e idosos podem prestigiar a gastronomia e boa música, como uma ótima opção de diversão no centro da cidade”.