Mesmo com caso único de dengue em janeiro, Itu segue em alerta contra A. aegypti

Cidade ainda não registrou casos de chikungunya, zika vírus e febre amarela neste ano. Centro e Rancho Grande são alguns dos bairros com maior incidência histórica de dengue

Durante o verão, o tempo quente e chuvoso forma o cenário ideal para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão de diversas doenças. Em Itu, no entanto, ainda não há motivos para preocupação. Neste ano, a cidade registrou apenas um caso autóctone (caso adquirido no próprio município) de dengue e nenhum caso de chikungunya, zika vírus e febre amarela. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, em 2016 foram registrados no município 3301 casos de dengue (3247 autóctones e 54 importados), 3 casos de chikungunya (1 autóctone e 2 importados) e nenhum caso de zika vírus e febre amarela.

Na série histórica de incidência de dengue, na última década, os bairros Centro, Jardim Alberto Gomes, Vila Progresso, Jardim São Judas Tadeu, Jardim Rancho Grande e Jardim Aeroporto são os que causam preocupação todos os anos.

Segundo a Secretaria da Saúde, diversas medidas são adotadas para combater o Aedes aegypti em Itu. O município tem metas mensais de visitas casa a casa, visitas a pontos estratégicos (100 pontos com visitas quinzenais), visitas a imóveis especiais e controle químico em locais com suspeita ou confirmação de casos das doenças.

Advertências e multas

Questionado pelo “Periscópio”, o órgão afirma que as pendências geradas nas visitas estão dentro do previsto em todos os municípios, sendo, atualmente, de 30% de imóveis não visitados nas operações casa a casa. “Estas pendências podem ser casas fechadas durante a visita, casas desocupadas e ocasionalmente recusas. No caso de imóveis fechados para aluguel ou venda, as imobiliárias são chamadas quando isto se faz necessário”, destaca a Secretaria.

A pasta ainda enfatiza que, quando o agente ou os vizinhos suspeitam que um determinado imóvel seja o causador dos problemas relativos a mosquitos, são feitas intimações aos proprietários através do Departamento de Limpeza Pública (Secretaria de Obras), que podem gerar desde advertência até multas – que dobram em caso de reincidência. “Os agentes em Itu estão uniformizados e possuem crachá de identificação. Nenhum serviço é cobrado e, caso isto ocorra, o munícipe deve chamar a polícia. No caso de dúvida, o munícipe pode ligar para o telefone 4023-4334”, observa a Secretaria da Saúde.

Encontro regional

Na última segunda-feira (30), um encontro promovido pela Secretaria Estadual de Saúde na capital paulista reuniu prefeitos e secretários de saúde das cidades que compõem a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). O evento teve o objetivo de discutir o combate à febre amarela, à dengue e a demais arboviroses. Entretanto, Itu não enviou representantes para a reunião. “Em função de compromissos anteriormente agendados pelos gestores públicos, Itu não pôde participar do encontro”, informou em nota a assessoria de imprensa da Prefeitura.