Mesmo na pandemia, mercado imobiliário tem crescimento expressivo no município
Durante a pandemia de Covid-19, inúmeros setores foram impactados negativamente. Além da saúde em si, algumas empresas acabaram por encerrar suas atividades e, consequentemente, aumentou a taxa de desemprego.
Porém, um setor obteve crescimento durante este período: o imobiliário. Pelo menos, em Itu. De acordo com Vágner Santos, proprietário de uma imobiliária no município, “a demanda está boa, muito grande. A gente pensou que com a pandemia, fechando todos os comércios, iria dar uma caída, mas foi ao contrário, graças a Deus.”
Vágner explica que muitas pessoas saíram da capital para o interior, em busca de uma melhor qualidade de vida. “Muitas casas vendidas, alugadas, de alto padrão, médio padrão e em todas as áreas. A procura está grande ainda. Eu acredito que para esses último meses de 2021 vai continuar como está e ano que vem acredito que será ainda melhor. É o que a gente espera, pelo que a gente vem conversando com o pessoal, com os construtores parceiros nossos”.
O corretor, que está há mais de dez anos na área, acrescenta que houve um crescimento de 80% durante a pandemia, reforçando o aquecimento do mercado imobiliário na cidade. Os números de um levantamento feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe) reforçam a fala de Vágner dos Santos.
No ano passado, aproximadamente 120 mil imóveis foram comercializados em todo o Brasil, um crescimento de 26,1% em relação a 2019. Para este ano, a expectativa é que até dezembro, tenha um aumento de 30% nas vendas e de 40% nos lançamentos, o melhor número desde 2014.
“Com o avanço da vacinação, a economia reagindo e as pessoas com estabilidade de renda, a confiança de quem busca um imóvel é maior”, diz Luiz Antonio França, presidente da Abrainc. Era um cenário que começou a se desenhar um ano atrás e que se consolidou neste ano.
O último ciclo de expansão do mercado, de acordo com a Abrainc aconteceu entre 2010 e 2014. A partir de 2015, com o início da recessão econômica, houve retração nas vendas e nos lançamentos, em um ciclo de baixa que se estendeu até o início de 2019.
O pilar fundamental para a reação, ainda de acordo com a Abrainc foi o ciclo de corte da taxa básica de juro, a Selic, que serve de referência para os juros do crédito imobiliário. A taxa passou de 6,5% em meados de 2019 para 2% ao ano em agosto de 2020 e assim permaneceu até março deste ano.
O mercado vai de mal a pior. O povo sequer tem dinheiro para comer. Quem está comprando imóveis agora são grandes investidores, rentistas, os bancos etc.