Metalúrgica estaria em situação irregular, de acordo com Prefeitura de Cabreúva
A empresa metalúrgica em que ocorreu a explosão de uma caldeira na manhã de 1º de setembro teria um histórico de desconformidades em suas operações.
De acordo com informações do Ministério do Trabalho e do Emprego ao Portal G1, máquinas e equipamentos estavam sem a devida manutenção quando foram fiscalizadas.
Ainda de acordo com a fiscalização, antes da explosão já havia registros de uso de equipamento ultrapassado, além de muita sujeira no ambiente de trabalho, descuido com o setor elétrico e alguns extintores vencidos.
A Prefeitura de Cabreúva informou que, 15 dias antes da explosão, havia obtido ciência de que a empresa não tinha licença ambiental para funcionar, após um relatório enviado pelo órgão ao Executivo.
O prefeito de Cabreúva, Antonio Carlos Mangini (PSDB), afirmou que em 2021 a Prefeitura soube de supostas irregularidades no local. Uma equipe de fiscais esteve na metalúrgica e constatou algumas irregularidades na empresa. Agora, a Prefeitura informou que abriu uma sindicância para apurar se houve falha do setor de fiscalização da Prefeitura.
Em nota a respeito da explosão, a Prefeitura de Cabreúva informa que 30 vítimas foram atendidas pelo serviço de saúde do município (UPA e Santa Casa). Dessas, 11 estavam em estado grave e foram transferidas para hospitais da região e da capital.
Até o fechamento desta matéria, foram confirmadas pela Prefeitura, com base dos dados repassados pelos hospitais, quatro mortes, sendo: Azarias Barbosa do Nascimento (46 anos), Erick Mendes de Souza (21 anos), Weverton Oliveira da Silva (42 anos) e Fernando Nascimento dos Santos (25 anos).
As causas do acidente, bem como as responsabilidades sobre o mesmo, serão apuradas pela Polícia Civil.