Ministério Público pede fim de atos de violência contra a Kia e transportadora

Em São Bernardo, órgão recomendou que sindicatos e empresas cessem ameaças contra a importadora com sede em Itu

kia

O Ministério Público Federal de São Bernardo do Campo-SP recomendou a dois sindicatos patronais e três empresas de transporte de veículos que parem de realizar ameaças e ações violentas contra a Kia Motors do Brasil, importadora com sede em Itu, e a Transilva Transportes e Logística.

Os protestos tiveram início desde que a Kia assinou com a Transilva um contrato para o frete dos automóveis do pátio, localizado em Cariacica-ES, até as concessionárias. Os empresários do setor de cegonheiras querem forçar mudanças no acordo para que as duas companhias dividam o serviço com outras empresas do ramo, desrespeitando, segundo o MPF, a livre concorrência.

Os sindicatos organizaram protestos para reivindicar que a Transilva subcontratasse as empresas Transcar Transportes, a Brazul Transporte de Veículos e a Tegma Gestão Logística na prestação do serviço à Kia, sob o pretexto de preservar o emprego de motoristas que antes transportavam os veículos. As três empresas, que também são alvo das recomendações do MPF, deveriam, pela proposta, receber, a cada subcontratação, 90% do valor do frete que a Kia pagasse à Transilva.

Caso os representantes das empresas e dos sindicatos mantenham as ações, estarão sujeitos às medidas judiciais cabíveis. As investigações quanto à conduta dos envolvidos prosseguem por meio de um inquérito civil público, e ações podem ser ajuizadas, inclusive, na esfera penal. O responsável pelo inquérito e autor da recomendação é o procurador da República Steven Shuniti Zwicker. O Ministério Público Estadual, por meio dos promotores do GAECO ABC, também tem atuado no caso junto com o MPF.