Moção a procurador-geral de Justiça de São Paulo é alvo de polêmica
Uma moção para o atual procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, gerou polêmica na Câmara de Vereadores na última terça-feira (06). A homenagem, de autoria dos vereadores Dr. José Galvão (União) e Maria do Carmo Piunti (PSC), foi feita em função de Sarrubbo ter sido convidado pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a ocupar a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
A moção foi votada em destaque, a pedido do vereador Dr. Marcos Moraes (União), e acabou rejeitada por seis votos a cinco. Segundo Moraes, Sarrubbo tem feito uma “cruzada contra Deus”, agindo contra a fé cristã, uma vez que o Ministério Público de São Paulo, sob comando do procurador-geral, declarou que a referência a Deus e leitura da Bíblia nas sessões de Câmara são inconstitucionais.
Já Galvão destacou a atuação de Sarrubbo no pedido de inconstitucionalidade da taxa de lixo no ano passado e disse que, apesar de ser cristão e não concordar com a postura com relação ao fato trazido por Moraes, em nada apaga o “brilhantismo” do procurador-geral. Eduardo Ortiz (MDB), por sua vez, apontou que os vereadores precisam ser “maduros” e saber separar as coisas.
“Se preocupam tanto em ler a Bíblia em plenário, em ter o crucifixo e sempre falar o nome de Deus, mas nós esquecemos daquilo que é o principal”, disse ele, lendo trechos bíblicos. “Não adianta por debaixo do braço uma Bíblia e na hora de votar, votar contra o povo”, prosseguiu, sendo aplaudido pelos presentes. Após os comentários dos edis, a moção foi colocada em votação e rejeitada.