MP é cobrado para investigar mortes de 25 bebês no Hospital São Camilo

Na tarde de terça-feira (18), o vereador Reginaldo Carlota (PTB), acompanhado de sua chefe de gabinete Deborah Rodrigues, esteve na Promotoria de Justiça protocolando um pedido de investigação junto ao Ministério Público para que se investigue as mortes, segundo ele mal explicadas, de bebês recém-nascidos que ocorreram na maternidade do Hospital São Camilo, nos últimos seis meses.

De acordo com Carlota, pelo menos 25 bebês morreram no local entre janeiro e julho deste ano, em circunstâncias não muito claras. “A Deborah tem conversado diariamente com inúmeras mães revoltadas, que perderam seus filhos nesse hospital e relatam verdadeiras histórias de horror que sofreram durante o parto. Essas mães querem uma satisfação do hospital, precisam entender o que realmente aconteceu com seus filhos e o São Camilo, ao meu ver, tem demonstrado total desprezo pelos casos”, declara o vereador.

Ainda de acordo com o edil, há cerca de um mês ele leu um relatório que sua chefe de gabinete elaborou sobre essas mortes e  protocolou um ofício no São Camilo, pedindo explicações, mas o mesmo foi respondido de forma evasiva pelo hospital, aponta. “Diante dessa situação no mínimo assustadora, que além da dor causada nos familiares dessas crianças também deixa uma sensação enorme de medo, insegurança e desespero na população ituana, já que os casos também estão gerando grande comoção nas redes sociais, faz-se necessário a intervenção urgente do Ministério Público”.

Ele completa: “se constatado negligência médica, maus-tratos, descaso ou qualquer tipo de abuso ou omissão, como está parecendo, que o Ministério Público aplique todas as medidas punitivas cabíveis, tanto cíveis quanto criminais, em relação aos atos e fatos expostos na minha representação. Vinte cinco mortes mal explicadas de bebês em apenas sete meses, para mim é algo mais do que assustador; é alarmante e precisa ser investigado urgentemente”.

 

São Camilo se posiciona

A reportagem do “Periscópio” entrou em contato com o Hospital São Camilo e fez diversos questionamentos a respeito das mortes denunciadas pelo vereador. Dentre as perguntas, se a entidade está ciente dos falecimentos e se o número está dentro do que pode ser chamado de “normal”. O São Camilo se limitou a informar que não recebeu notificação do MP e que, em caso de receber, “irá contribuir com os trabalhos, estando à disposição do Ministério”.