Mulher que matou o filho no ano passado é condenada a mais de 20 anos de prisão

Amanda do Rosário Amaral, de 19 anos

Foi realizado na última quinta-feira (14), no Fórum de Itu, o júri popular de Amanda do Rosário Amaral, de 19 anos, que acabou condenada a 21 anos e quatro meses de prisão em regime fechado por ter matado o próprio filho, de apenas dez meses de idade, em janeiro do ano passado.

O Periscópio esteve em contato com o Promotor de Justiça  Dr. Luiz Carlos Ormeleze, que informou que a ré foi condenada por homicídio triplamente qualificado, sendo primeiramente por motivo torpe, que consistiu em ter se irritado com o choro do filho, por isso o matou. Em segundo, por asfixia e em terceiro o recurso que dificultou a defesa da vítima, diante “da absoluta superioridade de força entre ela e a criança”, explicou o promotor.

Ainda de acordo com o Dr. Ormeleze, como Amanda matou o próprio filho e este tinha menos de 14 anos, a pena foi aumentada, por outro lado, como a ré possui menos de 21 anos, a pena sofreu redução, chegando à condenação de 21 anos e quatro meses. Após o júri, Amanda foi levada para a Penitenciária de Tremembé/SP, local em que, por exemplo, se encontra reclusa Suzane Von Richthofen, condenada pela morte de seus pais no ano de 2002. 

Defesa
O JP também esteve em contato com o advogado de defesa de Amanda, Dr. Reginaldo Dias, que comentou a respeito da decisão, dizendo que “abrimos mão de recorrer, uma vez que embora nós não concordemos com a decisão, o júri foi soberano e devemos acatá-lo. Pode até parecer contraditório, mas trabalhamos na tese de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, porém a Promotoria, os jurados não entenderam assim. Isso é democracia e só nos resta acatar”. A defesa de Amanda foi feita ainda pelo advogado Dr. Guilherme de Almeida Roedel. 

O caso
Em 20 de janeiro de 2018, Amanda do Rosário Amaral, que já havia sido denunciada antes do crime por maus-tratos, confessou ter ingerido álcool e drogas na residência de uma amiga e, ao ir dormir com o seu filho, no sofá, o enforcou por este não parar de chorar. O caso ocorreu no bairro São Luiz.

Na manhã seguinte ao crime, Amanda percebendo que o bebê estava desacordado, o levou para a casa de sua mãe (avó da criança) e posteriormente ao Hospital São Camilo, local em que a equipe médica acionou as autoridades policiais. O caso ganhou repercussão na mídia regional e chocou a cidade.