Netflix tem filmes especiais de Natal
Panetone, peru, rabanada, uva passa, pavê… e filmes! Apesar do ano pandêmico que vivemos, algumas coisas no Natal nunca mudam. Uma delas é a profusão de obras com temática natalina sendo exibidas. Com os cinemas ainda retomando aos poucos suas atividades, os longas-metragens de Natal foram lançados de “baciada” nos serviços de streaming como a Netflix.
Conferi duas produções “em cartaz” na plataforma e traz como dica para você que quer curtir um filminho após o almoço de Natal. Uma delas é “Amor Com Data Marcada”, uma comédia romântica dirigida por John Whitesell (de “Vovó… Zona 2”). A obra é bem boba, mas leve – tudo o que é preciso após um ano pesado.
No filme, Sloane (Emma Roberts) é uma ácida jovem que gosta de sua vida de solteira, acreditando não precisar de namorado. Já Jackson (Luke Bracey) é um solteirão que foge de relacionamentos. Quando a pressão de amigos e familiares cresce para que eles encontrem um amor, os dois fazem um acordo: ser o par um do outro em ocasiões especiais. Mas o que fazer quando novos e indesejados sentimentos começam a surgir entre eles?
A premissa é a mesma de onze entre dez comédias românticas. O filme até faz uma crítica às demais comédias românticas pela sua falta de originalidade, mas acaba repetindo o erro. Só que tudo que você quer num filme desses é entreter. E o diretor John Whitesell entrega o que é necessário. Tem bons momentos e dá aquela aquecida no coração.
A outra dica, certamente a mais comentada nas últimas semanas, é o nacional “Tudo Bem no Natal que Vem”, uma típica comédia natalina com toques de drama, e que não fica devendo em nada para produções norte-americanas. No filme, Jorge (Leandro Hassum) é um homem rabugento que sempre odiou o Natal e costuma fazer de tudo para evitar as comemorações dessa data. Na véspera do feriado, ele cai do telhado e bate a cabeça. Quando acorda, percebe que está vivendo o Natal do ano seguinte, e continua revivendo diversos Natais em um ciclo interminável.
Hassum, o principal nome do humor do cinema nacional atualmente, já tinha se enveredado para um lado mais dramático no fraco “Não Se Aceitam Devoluções”, mas neste original da Netflix ele consegue dosar melhor o tom e entregar o pastelão de sempre, emocionando o espectador. Me lembrou um pouco do filme “Click”, inclusive na trama. Seria Hassum nosso Adam Sandler? Só o tempo dirá…
De todo modo, são duas obras singelas, sem grandes feitos artísticos, mas que conseguem entreter a família e também nos fazer refletir – o que, em minha opinião, é uma das funções do Natal. Paz e luz a todos, e que em 2021 tenhamos muitos bons filmes – de preferência no cinema, com segurança – para conferir.