No Dia dos Pais, eles falam sobre os filhos
Neste domingo (10) é comemorado o Dia dos Pais, que acontece sempre no segundo domingo do mês de agosto. A data é alusiva ao Dia de São Joaquim, pai de Maria e avô de Jesus Cristo.
No Brasil, a iniciativa foi do publicitário Sylvio Bhering, que em 1953 teve a ideia de impulsionar o comércio no segundo semestre do ano. Sylvio Bhering foi um publicitário e diretor do jornal “O Globo”.
A princípio, o Dia dos Pais no Brasil foi fixado em 16 de agosto, dia de São Joaquim, mas depois passou para o segundo domingo do mês, seguindo o padrão do Dia das Mães, segundo domingo de maio.
É considerada a quarta data comemorativa mais lucrativa para o comércio, perdendo apenas para Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados.
Normalmente neste dia, os filhos homenageiam seus pais e o Periscópio já trouxe matérias deste tipo por vários anos. Mas desta vez, fugindo ao lugar comum, o jornal inverteu a situação e procurou pais que falam de seus filhos.

Django – Luis Paulo Lemes, o popular Django, é o maior artilheiro da história do Ituano, tendo marcado 147 gols pelo clube. Ele é pai de três filhos.
Trevor, o filho mais velho, por um bom período seguiu o caminho do pai, tendo sido jogador profissional e amador, inclusive como atacante, a posição de sucesso do próprio Django.
Profissionalmente, Trevor atuou entre 2002 e 2013, tendo passado por vários clubes, entre eles Ituano, Primavera, Velo Clube, Francana e outros, tendo jogado também no futebol amador.
Segundo Django, “hoje ele não joga mais, mas sua opção pelo futebol foi natural. Acho que é do sangue [risos]. Foi muito legal. O Trevor fez uma carreira bacana. Fico muito feliz por ele. Se não machucasse tanto, poderia ter feito uma carreira melhor”.
Além de Trevor, Django tem o Gabriel (36 anos, comerciante), que não é ligado a prática esportiva, e o Stephan (31, empreendedor), que no esporte foi piloto de BMX. O pai afirma que “sou grato a Deus pela educação deles e pelo profissionalismo de cada um em seu ramo”.

Jenildo – Jenildo Cavalcanti, hoje comerciante no ramo esportivo e atuante comentarista de futebol na Cidade FM, depois que “pendurou” as chuteiras, enveredou pelos caminhos de treinador, passando por vários clubes.
Ele tem um casal de filhos, Jeanny Paola, 44 anos, que é proprietária da doceria e confeitaria Dona Maria Bolacha, e Jhonatan Raffer, 41, que calçou chuteiras e mostrou nos gramados que atuar como atacante e conhecer o caminho do gol veio do pai.
Atualmente, Jhonatan segue no esporte, mas não como jogador e sim atuando com sucesso como coordenador das equipes de base do Ituano.
Jenildo afirma: “eu falo com muito orgulho dos meus filhos, porque eu sempre me preocupei muito com a formação deles. A Jeanny com sua vida profissional consolidada e o Jhonatan comigo no meu comércio e agora engajado nas categorias de base do Ituano, mostrando capacidade e conhecimento”.
Com relação a Jhonatan, o rapaz chegou a ensaiar os passos do pai com a bola. Para Jenildo, “os pais sempre têm uma influência, mas as decisões sempre são dos filhos. Ele desde jovenzinho me acompanhava e foi tomando gosto, mas acabou não seguindo a carreira profissional e eu o deixei muito a vontade. Ele acabou então se engajando no futebol como dirigente”.
Jenildo, carinhosamente chamado “Cabeça de Anjo”, orgulha-se em dizer que “como pai eu acompanho e procuro orientar meus filhos da melhor maneira e agora fico feliz ao ver meus netos e peço a Deus que eles sigam os exemplos dos pais, o que me deixa muito feliz”.

Arcílio – Finalmente para o jornalista Arcílio Bragagnolo, 74 anos, ver o filho Arcílio Neto, 30, trabalhando no meio do esporte é um orgulho e uma realização. Arcílio, quando jovem, destacou-se como um excelente jogador de futsal, tendo sido um goleador nato.
“Eu gostaria que meu filho fosse jogador e ele até frequentou a Escolinha do Vasco em Itu, mas o tempo mostrou que ele não iria jogar, mas sim comentar com muito sucesso, sendo hoje coordenador do GE da TV Tem em todo o Estado de São Paulo.”
O pai lembra que “o Neto, aos 13 anos, já participava do meu programa ‘Bola na Mesa’, da TV Convenção, e mostrava conhecimentos do futebol mundial. Quando ele se formou no colégio eu disse a ele que suas notas poderiam levá-lo a fazer engenharia na faculdade, mas ele foi enfático e me disse: ‘quero fazer jornalismo’. Nunca mais falei com ele sobre engenharia”, diverte-se.
“Eu tenho um orgulho enorme do meu filho e ele é o meu melhor amigo. Agradeço a Deus por essa verdadeira dádiva e orgulho que ele me dá. Agradeço todo dia pela felicidade imensa que ele me deu desde o dia em que nasceu”.
NR: O jornalista que assina a matéria também é pai. E também nutre um orgulho enorme por ter em seu filho, Daniel Nápoli, uma referência como profissional do jornalismo e tendo-o como companheiro de trabalho neste Periscópio por 15 anos. Quem conhece Daniel Nápoli como profissional e como filho sabe de quem se trata…

