O combate à violência contra a mulher

Mãe, coach e palestrante, Christiane explica trabalho desenvolvido e a importância do mesmo (Foto: Arquivo pessoal)

Na sexta-feira (25), foi celebrado o Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), no primeiro semestre deste ano foram registradas pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), 31.398 denúncias e 169.676 violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres.

Na cidade de Itu, em termos de violência contra a mulher, entre janeiro e setembro de 2022 foram registrados 30 casos de estupro, oito a menos do que o registrado no ano passado, no mesmo período. Os números foram obtidos por meio da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

A reportagem do Periscópio conversou nesta semana com Christiane Loschiavo, fundadora da ONG “Não Posso Me Calar”, que tem por objetivo o atendimento e acolhimento provisório e gratuito para mulheres, acompanhadas ou não de seus filhos menores, em situação de risco de morte ou ameaças em razão da violência doméstica e familiar, causadora de lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano moral, na modalidade de acolhimento institucional, conforme “Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais” (Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009).

 Os serviços da ONG são oferecidos a qualquer mulher e seus filhos vítimas de violência, sem distinção de credo político ou religioso, raça, nacionalidade, com abrangência municipal, regional e nacional. “Temos uma casa onde a mulher é acolhida, ouvida e orientada para os serviços internos e na comunidade, onde recebe apoio psicológico, jurídico, social, oficina de trabalhos para geração de renda, buscando restabelecer sua autoestima e cidadania”, explica Christiane.

Mãe, coach e palestrante, a fundadora da ONG explica ainda que a “Não Posso Me Calar” também oferece “uma hospedagem provisória às mulheres, acompanhadas ou não de seus filhos menores, em risco de morte iminente em razão da violência doméstica. É um serviço de caráter sigiloso e temporário, no qual as usuárias permanecem por um período determinado, durante o qual deverão reunir condições necessárias para retornar o curso de suas vidas”.

A ONG, fundada em 2018, recebe essas mulheres por encaminhamentos da Rede Pública (Delegacia de Defesa da Mulher, Delegacia Comum, CRAS, CREAS, Promoção Social, Conselho Tutelar, Ministério Público, Fórum, redes sociais e indicação de amigos).

“Após o contato, é feita triagem e o cadastro é encaminhado para nossa equipe técnica e consequentemente, é distribuída para o apoio psicológico, jurídico e assistencial da ONG. Em situações de alta complexidade encaminhamos à Rede Pública de acordo com a necessidade de cada caso. Exemplo: CRAS, CREAS, CAPS, Conselho Tutelar, Conselho do Idoso, Ministério Público, entre outros”, destaca.

Manutenção

A ONG “Não Posso Me Calar”, apesar de ser de “Utilidade Pública”, até o presente momento não conta com nenhuma verba pública e mantém sua atuação apenas com o voluntariado e doações que são feitas em forma de roupas, calçados, utensílios domésticos, que são destinados ao nosso bazar, que além de gerar recursos para manter as despesas da nossa casa, auxilia também as assistidas nas suas necessidades.

“Arrecadamos alimentos, leite e fraldas, entre outros, que são direcionados às mulheres que assistimos. Tudo através de doações.

Sempre que possível realizamos rifas e promovemos algumas ações para angariar fundos, como por exemplo: vendas de pizzas, bolos, camisetas, etc.”, explica Christiane.

“Através da nossa conta bancária, são efetuados os pagamentos do bazar e também recebemos doações”, acrescenta a fundadora da ONG. Para auxiliar, seguem os dados bancários: Banco Santander, Agência 0065, Conta Corrente 13.006955-0, CNPJ: 29.505.837/0001-74, PIX: 29.505.837/0001-74.

 Para mais informações sobre a história da ONG e de como ser voluntário, por exemplo, entre em contato: (11) 2429-0237/ (11) 97198-6065 (WhatsApp); e-mail: fale@naopossomecalar.org.br; Instagram: @ongnpmc; Facebook/projetonaopossomecalar. Em situação de violência, não se cale!

Denuncie! Ligue: 180 – Central da Mulher /190 PM /153 GCM/Disque 100.