Organização de Procura de Órgãos completa primeiro ano com sede em Itu

Localizada no Hospital São Camilo, entidade identifica potenciais doadores nas 48 cidades da região

Desde fevereiro de 2016 que a Secretaria Estadual de Saúde definiu a instalação da Organização de Procura de Órgãos (OPO) para o Hospital São Camilo Itu, que atualmente abrange 48 municípios da região, somando cerca de 2,5 milhões de habitantes. O objetivo da OPO é apoiar os hospitais identificando potenciais doadores para posterior acolhimento da família, situação que demanda a presença de profissionais técnicos e capacitados.

No São Camilo Itu, esta equipe é constituída por médico (coordenador), assistente social e enfermeiros, além de profissionais especializados pelo IIEP (Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa) do Hospital Albert Einstein.

“Quando algum hospital dessa região ou o próprio São Camilo Itu identifica um potencial doador, a OPO é notificada e, então, passa a monitorar este paciente. A organização é a ponte que interliga a central do Sistema do Nacional de Transplantes”, explica Dr. Jorge Luiz Arcencio, médico coordenador da OPO-Itu.

Nesse primeiro ano de atividades no São Camilo Itu, a OPO já realizou um total de 31 doações de múltiplos órgãos, como coração, pulmão, fígado, pâncreas, rins, ossos e córneas. “Esse trabalho visa contribuir com a diminuição do número de pacientes aguardando na lista de espera por um órgão, já que, segundo a Agência Brasil, cerca de 42.523 pessoas aguardavam na fila para transplante até junho do ano passado”.

De acordo com Fabiana de Jesus Cavalcante, supervisora administrativa da OPO-Itu, é fundamental que as pessoas conversem com seus familiares sobre o desejo de serem doadoras de órgãos. “Se o paciente declara que é doador, a família faz a vontade do falecido, até por uma cultura religiosa do brasileiro, que sempre procura cumprir o último desejo do paciente. Entretanto, enquanto não há consentimento dos parentes, o hospital não pode fazer nada”, ressalta.