Ortiz apresenta requerimento sobre os boxes do Mercado Municipal

O vereador Eduardo Ortiz (MDB) apresentou um requerimento cobrando do Executivo informações referentes aos boxes do Mercado Municipal. O pedido foi aprovado por unanimidade na sessão ordinária da última terça-feira (22). O assunto também foi abordado pelo parlamentar na Palavra Livre.

O edil questiona por que os boxes do chamado “Mercadão Gastronômico” – evento provisório para fomentar a retomada econômica, que duraria 90 dias – continuam funcionando mesmo após “vencido o prazo estabelecido na Lei Orgânica Municipal” e qual o dispositivo legal que está permitindo o funcionamento dos boxes mesmo após o término do prazo, além de cobrar o envio de cópias de processos administrativos por e-mail.

Na Palavra Livre, Ortiz disse que não torce pelo pior, mas “que a coisa já começou errada lá atrás, com a aprovação da lei da forma como veio para esta Casa”. O edil disse que preocupa a ele uma possível “desvirtuação da natureza” do Mercadão. “Eu acho difícil um estabelecimento pagar R$ 2 mil por mês pelo box e conseguir vender seus produtos por preço popular”, declarou Ortiz.

Eu acho difícil um estabelecimento pagar R$ 2 mil por mês pelo box e conseguir vender seus produtos por preço popular

Em aparte, o segundo-secretário Thiago Gonçales (PL) disse concordar com o requerimento e que se houver alguma irregularidade da parte técnica, deve ser apurada. “Adautinho” aproveitou para questionar Ortiz se o mesmo frequentava o Mercadão antes da revitalização e o que ele achava. O vereador de oposição então disse que ia sempre com a sua mãe, que tinha conta na floricultura do local.

Ortiz disse que quer manter a “natureza” do Mercado Municipal, como o um espaço popular. “Adautinho” então disse que entrou uma vez só no Mercadão – “para nunca mais entrar” – e citou que os tempos são outros, com a utilidade do espaço público mudando. Ortiz retomou sua fala e disse que “quem quer algo gourmet vai no shopping”.

Na semana passada, o JP questionou a Prefeitura sobre as declarações de Ortiz de que os boxes estariam sendo usados sem as devidas portarias legais, com a administração afirmando que “os critérios de ocupação do Mercado Municipal são estabelecidos pela Lei n.º 2.176/2020”. Já nesta semana, a reportagem foi abordada por uma lojista do Mercadão, dizendo que, durante o dia, a maioria dos que frequentam o espaço são de classes sociais mais humildes, enquanto a classe média vai ao Mercadão no período da noite.