Os prós e contras do horário de verão

A primeira vez que o horário de verão foi implantado no Brasil data de 1931, no governo Getúlio Vargas. A partir disso houve uma história de interrupções e retomadas, sendo que uma grande seca em 1985 resultou na implementação anual.

Isso durou até 2019, quando o governo Jair Bolsonaro entendeu que a economia de energia com a mudança não atendia mais ao seu objetivo original, devido a alterações nos padrões de consumo de energia pelos brasileiros.

A prática de adiantar os relógios em uma hora traz uma série de benefícios, mas há também problemas em alguns setores e isso vem gerando estudos e discussões.

Benefícios – Os principais são: redução no consumo de energia elétrica, uma melhor utilização de energias renováveis, incentivo ao comércio e segurança, onde entendem que ao final do dia, com mais luz natural pode-se evitar furtos e assaltos.

Transtornos – Em contrapartida, um simples adiantamento em uma hora pode provocar desajustes no relógio biológico, impactos no setor agropecuário e dificuldades de coordenação, por exemplo, pois pouca gente sabe que em um país continental como o Brasil há quatro fusos horários.

Quando em Brasília é 12h, em Fernando de Noronha é 13h, no Amazonas, 11h e no Acre, 10h. Isso ocorre, normalmente, no dia a dia das pessoas. Se implementado o horário de verão, as quatro regiões sofrerão alterações com uma hora a menos.

A decisão final sobre a volta do horário de verão em 2024 caberá ao presidente Lula (PT), baseado em estudos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A situação crítica dos reservatórios hidrelétricos poderá pesar na balança a favor da retomada do horário de verão para assegurar a segurança energética e redução dos custos da eletricidade  na conta dos brasileiros.

Em Itu, o Periscópio manteve contato com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Itu, Dario Mazzi Júnior, 50 anos, que disse que “o maior benefício do horário de verão é a economia de energia elétrica no horário de pico. No mais, não vejo outro benefício para o comércio, além ser uma opinião muito pessoal, aqueles que gostam de levantar cedo tendem a apreciar o horário de verão para suas atividades físicas. A adaptação ao novo horário também é difícil, pois mexe com o relógio biológico”.

Gabriel Campregher, 39 anos, empresário e comerciante, diverte-se dizendo que tem uma opinião ambígua com relação ao horário de verão, já que é um dos sócios do Escritório Contrôle Contábil e tem a Pizzaria Itupan e a Petit Filó Moda Infantil.

Campregher diz que “como empresário de contabilidade sou contra. Aqui o expediente inicia às 7h30 e encerra às 17h30. Parece mais desgastante pro colaborador uma hora a mais de calor. Já como comerciante, “na pizzaria e moda infantil sou a favor. Com mais horas de dia, amplia também o período de compras e consumo dos clientes em geral”.

Proprietário do tradicional Tonilu do Centro, Rubens Stuchi, 57 anos, é enfático ao dizer que “somos comerciantes aqui há 56 anos e para o ramo de restaurantes e lanchonetes, o horário de verão traz circunstâncias que não ajudam. O pessoal deixa seus empregos às 17h30, 18h e está ainda muito sol”. 

Ele ressalta ainda que “no chamado happy hour as pessoas acabam fazendo outras atividades. Quando elas voltam, acabam chegando aqui mais tarde e precisamos ficar abertos também até mais tarde, para conseguir ter um fluxo de consumo satisfatório. Para nosso segmento, o horário de verão não é muito legal, não”, completa.  

Um comentário em “Os prós e contras do horário de verão

  • 30/09/2024 em 13:34
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    Detesto esse horário maldito volta bolsonaro pra acabar com essa palhaçada desse desgoverno

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