Palavra Livre: Maria do Carmo Piunti cobra situação do contrato do transporte público
A sessão de Câmara da última terça-feira (25) contou com poucos projetos em votação – sendo que dois foram adiados. Destaque para a aprovação do projeto nº 71/2020, de autoria do líder Thiago Gonçales (PL), que dispõe sobre a denominação do Espaço PET no bairro São Luiz, que agora vai se chamar “Dr. Márcio Quinteiro”.
Com isso, a Palavra Livre foi o ponto principal da sessão, com os vereadores de oposição aproveitando para fazer cobranças ao Executivo municipal. Primeira a fazer uso da palavra, a vereadora Maria do Carmo Piunti (PSC) falou sobre a situação do contrato com a concessionária responsável pelo transporte público municipal.
Segundo ela, o ex-prefeito Leonel Salvador (então no PMDB), pouco antes de deixar a Prefeitura no final de 2000, estendeu o contrato com a Viação Itu/Avante por mais 20 anos e aumentou o preço da passagem. Lázaro Piunti (então no PSDB), ao assumir em 2001, revogou o aumento, mas, de acordo com sua esposa, não foi possível revogar a prorrogação da concessão, mesmo acionando a Justiça.
Maria do Carmo, então, alertou que o contrato então acaba no final deste ano e cobrou o prefeito Guilherme Gazzola (PL) quanto a situação do mesmo. “O prefeito, estando a cinco meses do fim deste mandato e do vencimento desse decreto de prorrogação, deveria já estar se antecipando com audiências públicas, com reuniões, chamando a sociedade para discutir, para que essa licitação seja colocada na praça”, comentou ela, pedindo ao líder que leve essa preocupação a Gazzola.
A vereadora também comentou a questão da habitação popular em Itu, relembrando o que os últimos prefeitos fizeram na área. Ela disse que não se ouviu notícias de construção de nenhuma casa popular neste mandato. Vale lembrar que a Prefeitura fez um trabalho de regularização fundiária em diversos bairros.
Já o vereador Dr. José Galvão (DEM) cobrou a liberação do funcionamento de rede de internet sem fio nas unidades de saúde ao público. Ele chegou a fazer uma indicação referente a isso. O parlamentar também cobrou o Executivo quanto a problemas apresentados no Mercado Municipal. Segundo ele, o espaço recém-revitalizado, vem enfrentando problemas de vazamentos.
Galvão também comentou sobre os vandalismos sofridos recentemente por escolas municipais na área rural, cobrando que a Secretaria da Educação acompanhe essas unidades. “É um absurdo. Precisa ter gestão”, disse o vereador, que também cobrou linhas de ônibus na em bairros da zona rural.
Defesa à imprensa
O vereador Givanildo Soares (Cidadania) usou da palavra para defender a imprensa. Ele disse que não tem nada contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que votou em Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018, mas “até gosta” do governo atual. “Sei que o presidente Bolsonaro está sendo perseguido por parte da imprensa, mas eu acho que ele foi infeliz na medida que ofendeu um jornalista”, disse o vereador.
Para Giva, Bolsonaro, por ser presidente da República, “não poderia em momento algum baixar o nível”. O vereador fez referência ao episódio no último domingo (23) em que o chefe do Executivo federal disse que “a vontade que eu tenho é de encher sua boca de porrada”, quando foi questionado por um jornalista sobre o motivo dos depósitos recebidos pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.
Na visão do vereador, esse tipo de comportamento não soa bem aos países vizinhos e para a imprensa internacional. “Rendo aqui as minhas homenagens à imprensa, que de certa forma foi agredida, embora que verbalmente”, disse ele. “A imprensa é e sempre será um pilar num país democrático”.