Para Thiago Gonçales, recursos obtidos o levaram à reeleição

Reeleito para seu terceiro mandato, Thiago Gonçales (PL) foi o 11º mais votado entre os eleitos, com 1.049 votos. Caiu 10 posições em relação a 2020, quando foi o mais votado com 1.838 votos. O edil é categórico em definir o motivo da queda abrupta de sua votação: seu voto a favor à “taxa de lixo”, que inclusive culminou em seu desligamento da base do governo Guilherme Gazzola (PP) no ano passado.
“Todos os vereadores que votaram a taxa de lixo sofreram nas urnas”, declara o edil, que acredita que só foi reeleito por ter reconhecido e aprendido com erro e pelo trabalho prestado à população. “A gente conseguiu muito recurso para a cidade de Itu e o pessoal colocou na balança. Fiz os votos necessários para ser eleito”.
Thiago chegou a tentar ser candidato a prefeito na eleição deste ano, mas o partido acabou apostando na candidatura do deputado estadual Rodrigo Moraes (PL). Hoje, o vereador diz que a escolha foi correta e afirma que aprendeu muito com o parlamentar, que ganhou o seu respeito. “Tudo na hora certa. Talvez não fosse o meu momento”.
O vereador e, principalmente, seu pai Adauto Gonçales são quadros históricos do PL em Itu. Para Thiago, o futuro da legenda depende muito do que vai acontecer nas eleições de 2026. Em nível municipal, ele diz estar tranquilo por ter mantido o mandato e destaca a parceria com o deputado estadual André do Prado (PL), presidente da Assembleia Legislativa, e do deputado federal Márcio Alvino (PL) para seguir obtendo recursos para a cidade.
Thiago Gonçales afirma que já falou com todos os vereadores eleitos e o prefeito eleito Herculano Passos (Republicanos). “Tenho relacionamento aberto com praticamente todos os políticos de Itu”, diz ele. Sobre o prefeito, ele afirma que torce para que ele faça um bom governo e que irá ajudar na medida do possível, assim como fez com Gazzola.
Para o próximo mandato, o vereador quer levar adiante os aprendizados que teve nos dois primeiros. Um dos pontos que pretende melhorar é a aproximação com a população, levando seu gabinete itinerante para a região central e também para a zona rural. Ele também quer desvincular do nome do pai (até mesmo deixando de ser chamado de “Adautinho”). “Hoje eu já consegui construir uma história”, afirma ele, que quer criar sua própria marca na cidade.
Para a presidência da Câmara, Thiago, que já ocupou o cargo, diz não ver problema em Neto Beluci (Republicanos) ser eleito para o cargo. “Não teve outro vereador que disse que quer ser presidente da Câmara, por enquanto o Neto é o único que colocou o nome à disposição. Então acredito que ele será o próximo presidente. Tenho interesse em ser em algum desses quatro anos, mas a gente tem que fazer a articulação interna”, informa o vereador.
O vereador pretende “caminhar junto” do Executivo, mas fazendo uma avaliação anual se continua ou não. Thiago também criticou a forma que está sendo conduzida a transição de governo e afirmou que Gazzola tem sido um “mau perdedor”. “A população que paga o pato por isso. Mas não estou acompanhando de perto, talvez tenham erros dos dois lados”, pondera.
Sobre a nova composição do Legislativo, o vereador disse que não conversou tanto com os novos nomes, mas está na expectativa de como será o desempenho deles ao longo do ano. Já com relação aos projetos, Thiago promete dar atenção especial ao setor da agricultura, que teria sido deixado de lado pelo atual governo. Além disso, pretende focar na resolução de problemas diários da população. “Às vezes a gente pensa em coisas grandes, mas o problema está no bairro da pessoa”, afirma.
Para o futuro, Thiago Gonçales diz que não pretende ser vereador para o resto da vida e acredita que o prefeito eleito deve concorrer – e ganhar – novamente em 2028. Por isso, deve avaliar as possibilidades no futuro, não descartando tentar ser candidato a vice. “Um dia, pelo menos, candidato a prefeito eu vou sair. Agora, se a gente vai ganhar, é outra história. Mas tem que trabalhar para isso”, encerra.