Parque do Varvito comemora 25 anos de existência com olhar no pós-pandemia
Na última quinta-feira (23), o Parque Geológico do Varvito completou 25 anos de existência, possuindo a mais importante exposição sul-americana desse tipo de rocha. Ele foi construído numa área de 44.346 m² de uma antiga pedreira – que era de propriedade da Família Peixoto e, desde o ano de 1720, serviu para a extração de pedras para a utilização em calçamentos diversos – tanto que muitas calçadas do Centro cidade foram feitos com pedras de varvito.
Em termos geológicos, o varvito faz parte de um pacote de rochas sedimentares que contêm evidências de uma extensa idade glacial, de 280 milhões de anos – período em que um enorme manto ou lençol de gelo cobriu a região sudeste da América do Sul. Mas somente em 1938 a rocha foi classificada como varvito, pelo geólogo Othon Henry Leonardos, do Serviço de Fomento da Produção Mineral do Brasil.
Posteriormente, diversos cientistas e políticos idealizaram a criação do parque, nos moldes do Parque da Rocha Moutonnée, na vizinha Salto. Deputada estadual na época da inauguração do Parque do Varvito, a vereadora Maria do Carmo Piunti (PSC) relembrou o dia 23 de julho de 1995, quando houve a inauguração do local, que contou com o encerramento do III Festival de Artes.
“Foi um dia memorável. Inaugurávamos o Parque do Varvito, na época eu era deputada e o (Lázaro José) Piunti era o prefeito e entregamos para a população o Parque do Varvito, que não só ficou preservado como uma formação geológica de milhares de anos, que existe inclusive só aqui em Itu e na Austrália, como uma área de lazer para a população de Itu. Eu entendo que foi uma conquista muito grande para a cidade de Itu”, relatou.
Anualmente, o espaço, situado na Rua Parque do Varvito, 4210, no bairro Parque Nossa Senhora da Candelária, é visitado por milhares de estudantes de todo o mundo, que podem realizar no local estudos e piqueniques, além de visualizar a cachoeira, lago, a gruta das lágrimas e desfrutar de uma caminhada em meio a uma bela paisagem.
O espaço, que foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) antes de sua transformação em parque (em 1974), já recebeu mais de 500 mil visitantes, compreendidos entre turistas estudantes e pesquisadores.
Hoje, sua manutenção e funcionamento está a cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que zela pela conservação do espaço público, cuidando desde o paisagismo até as instalações físicas, além de preservar o patrimônio geológico desenvolve o programa de Educação Ambiental dos estudos da origem da vida e da geologia da varve. “Grupos organizados e escolas buscam complementar os estudos geológicos contidos nos currículos; atendemos cerca de 60.000 pessoas por ano interessados nesta geologia”, diz o diretor Célio Cotting, responsável pelo parque.
Na atual gestão municipal, o Parque do Varvito contou com a reforma completa da lanchonete, além da recuperação dos sanitários, do salão e demais dependências. A Prefeitura promoveu ainda a aquisição de um novo sistema de iluminação para o parque, incluindo lâmpadas, fiação e outros periféricos, que será instalado em breve.
Ainda no atual governo, foi dado início à criação de um Centro de Estudos sobre o Varvito e também houve a formatação do projeto EcoArte, que contará com exposições e vendas de produtos no local. As duas iniciativas foram suspensas temporariamente em decorrência da pandemia, assim como o funcionamento do espaço.
O secretário de Turismo Lazer e Eventos, Vinicius Salton, falou ao JP sobre como o parque será importante no pós-pandemia. “O Parque do Varvito é de suma importância para o município de Itu e faz parte de nosso grandioso número de atrativos, que serão essenciais para a retomada do turismo no período pós-pandemia. Além dos visitantes, o parque está na memória afetiva dos moradores da cidade e tenho certeza que todos não vêem a hora de que ele reabra”, disse.
Maitê Velho, secretária municipal de Cultura e Patrimônio Histórico, reforçou o planejamento de atividades cultuais no espaço, no pós-pandemia. “Antes da quarentena, estávamos dando andamento ao projeto Varvito EcoArte e conseguimos reunir mais de 50 pessoas de áreas e segmentos diversos, como artesãos, artistas plásticos, terapeutas holísticos, chefs de cozinha, educadores, músicos, atores entre outros. Esperamos que, quando tudo isso passar, seja possível dar segmento a essa ideia que unirá toda a riqueza do Parque do Varvito aos meios de economia criativa”, conclui.
Este lugar magnifico é pouco visitado.. acredito que uma melhor divulgação dentro da cidade e região , parcerias com escolas , municipais e publicas e “principalmente” atrações culturais e musicias aos finais de semana, possam ser um atrativo a mais, vemos ae o “parque ecológico” em indaiatuba … com muitos ituanos indo curtir em outra cidade porque aqui nao tem muito o que fazer … fica aqui o meu apoio para que futuramente pós pandemia este local maravilhoso possa ser melhor explorado .
Deveriam fazer eventos aos sabados que possam ir até umas 20 horas já que tem iluminação conforme materia acima …. porque nao ….
TEM MUITOS ITUANOS QUE NÃO CONHECE A BELEZA DESSE PARQUE. É UM PARQUE COM MUITA ÁREA VERDE, A FONTE É LINDA. FALTA SÓ INVESTIR EM ANIMAIS PARA AS PESSOAS APRECIAREM MAIS DE PERTO A NATUREZA. A ULTIMA VEZ QUE LEVEI MEUS NETOS LÁ, SÓ TINHA PATOS NA LAGOA. OS BALANÇOS ESTAVAM QUEBRADOS. A LANCHONETE TAMBÉM NÃO FUNCIONAVA. É PRECISO QUE O PREFEITO ATUAL INVISTA MAIS NESSE PARQUE. A FALTA DE PROGRAMAÇÃO E PRECARIEDADE DO LOCAL, AFASTAM OS VISITANTES. OBS: SÓ UMA OPINIÃO. BOA NOITE.