Perda de vagas formais no varejo de Itu desacelera, indica levantamento do Ministério do Trabalho

 Números foram apresentados na manhã de ontem, no Sincomércio. “Estamos em um bom caminho”, disse o presidente da entidade

Daniel Nápoli
Na manhã de ontem (6), o Sindicato do Comércio Varejista de Itu (Sincomércio) sediou a reunião mensal da Coordenadoria Sindical Sudeste. Na oportunidade, 19 sindicatos debateram a respeito de reformas trabalhistas e tributárias, além da divulgação dos números do mercado de trabalho ituano no ano passado.

De acordo com um estudo promovido pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), órgão do Ministério do Trabalho, houve uma desaceleração na perda de vagas formais no varejo ituano em 2016, o que representa praticamente 80% menos do que o verificado em 2015, quando ocorreu a extinção de 417 vínculos trabalhistas formais no varejo de Itu.

Durante a apresentação dos números, foram verificadas diversas vertentes do varejo, onde se constatou que, em 2015, o saldo das lojas de vestuário, tecido e calçados foi negativo, com a perda de 142 vagas, enquanto que os estabelecimentos de eletrodomésticos e eletrônicos tiveram uma baixa de 129 vagas, havendo crescimento no setor de farmácias e perfumarias, com um aumento de 30 vagas, e no varejo de autopeças e acessórios, com 49 vagas a mais.

Já no ano passado, as mesmas lojas de autopeças e acessórios tiveram mais dez vagas de empregos, tendo as farmácias e perfumarias um acréscimo de sete vagas, enquanto que o setor de vestuário, tecido e calçado teve baixa de 34 vagas. Na área de eletrodomésticos e eletrônicos, houve uma baixa de 36 empregos.

Porém, se destacada a área dos supermercados, comparado 2015 com 2016, houve um aumento considerável na geração de empregos. Se no primeiro ano houve a perda de 41 vagas, no seguinte houve um crescimento de 184 vagas.

Presidente do Sincomércio Itu, Carlos D’Ambrósio comentou a respeito dos números e aproveitou para realizar projeções no cenário econômico da cidade. “Houve uma estabilização. Não uma retomada, mas parou de piorar. A nossa cidade está numa situação interessante. Melhorou um pouco em relação ao ano passado. Ainda tem possibilidade de crescer. Vai da confiança e das medidas que estão sendo tomadas, das taxas de juros, do câmbio, tudo isso influencia para uma retomada. Mas nós estamos em um bom caminho. Temos boas perspectivas para que as coisas melhorem. Não com a velocidade que a gente gostaria, mas que pelo menos não haja uma piora”.

 

Foto – Daniel Nápoli