>>> Periscópio Entrevista – Patrícia Müller
Após um ano e quatro meses à frente do Fundo Social de Solidariedade (Funssol) de Itu, a presidente e primeira-dama Patrícia Müller Gazzola conversou com o “Periscópio” sobre o trabalho realizado na entidade, as dificuldades e os novos projetos.
Patrícia conta que o seu objetivo, primeiramente, era analisar os projetos que já estavam encaminhados e funcionando, vendo onde poderia melhorar. “O que eu sabia quando a gente assumiu o Fundo Social é que eu não queria fazer o assistencialismo pelo assistencialismo”, afirma.
Para isso, a presidente do Funssol pesquisou uma maneira de mudar o modo de auxílio. “Procurei estudar uma forma de fazer com que o Fundo Social conseguisse ajudar a pessoa ou a família ou a entidade que precisasse de ajuda, contanto que ela também, a partir de uma segunda etapa, conseguisse caminhar com os próprios pés”, ressalta.
De acordo com Patrícia, uma das principais mudanças foi na Campanha do Agasalho. “Na Campanha do ano passado, as pessoas iam até o Fundo Social. A gente resolveu ir até as pessoas. Escolhemos os bairros mais carentes pela vulnerabilidade, distância e resolvemos montar a exposição das roupas lá para eles. Eles teriam a oportunidade de escolher aquilo que eles precisavam”, diz.
Além disso, Patrícia comenta que a participação da sociedade é muito importante. “O trabalho que a gente está fazendo no Fundo Social é envolver muito a sociedade, envolver muito quem quer ajudar e quem quer saber para onde está sendo destinado as roupas ou o dinheiro que é arrecadado”, ressalta. Por conta disso, a expectativa para a Campanha do Agasalho deste ano é grande. “Com certeza este ano a gente vai ultrapassar o ano passado”.
Outra novidade é a participação do Funssol na quinta Parada LGBT+. “A gente apoia todo tipo de manifestação. Eu acredito que tudo que vier para somar, para ajudar, é muito bem-vindo para o Fundo Social”. Durante a parada, serão vendidas camisetas com a frase “Eu amo Itu”, confetes, spray de corpo e cabelo e espuminha, entre outros itens.
Novos projetos
O Fundo Social está com dois novos projetos: Boto Cor-de-Rosa e Olhe Bem. O primeiro foi lançado no fim do ano passado e destina kits de enxovais de bebês para adolescentes grávidas, feitos por colaboradoras da Igreja Santa Rita.
“A gente montou junto com a Secretaria de Promoção Social o projeto Boto Cor-de-Rosa. O Pirapitingui é o nosso piloto. Ele acolhe grávidas de 11 a 16 anos porque a gente não conseguia trazer essas grávidas para perto da gente, via Promoção Social ou via Secretaria de Saúde”.
O projeto consiste em várias etapas de acompanhamento mensal, como passar por um ginecologista, fazer ultrassom e participar de palestras. “No fim da gravidez, tudo correndo tranquilo, ela recebe o kit como um agrado por ter cumprido todas essas etapas. Foi uma forma que a gente encontrou de estar trazendo e tendo acesso a essas pessoas que a gente não tinha”.
Já o projeto “Olhe Bem” está em fase inicial. “A gente começou tem um mês, mais ou menos, mas ele está precisando de investidores. A gente lançou ele para mostrar que era um projeto bacana”, comenta.
No “Olhe Bem” é feita uma triagem nas escolas e as crianças que apresentam alguma dificuldade visual são encaminhadas para um oftalmologista. “Dali ela já sai com um encaminhamento para quatro óticas parceiras. As óticas dão a armação e o Fundo Social, junto com uma outra entidade, faz arrecadações para pagar as lentes”. Até agora, 70 crianças foram beneficiadas. “A ideia é dar continuidade, mas a gente viu que vamos precisar de parceiros para nos ajudar a pagar as lentes”. (Beatriz Pires)