Por um Brasil de fato!
Por Daniel Nápoli
Na última quarta-feira (19), foi comemorado o Dia do Exército Brasileiro. A data remete ao período em que o Brasil ainda não era um país independente, mais precisamente em 1648, quando ocorreu a primeira mobilização de habitantes da colônia formada por brancos, negros e índios, que, sem qualquer preconceito quanto à etnia ou cultura, uniram forças para expulsar os holandeses na conhecida “Batalha dos Guararapes”.
Foi nesse período que, antes de ser Brasil, surgiu o “DNA” do Exército Brasileiro, que possui como essência unir diferentes pessoas e culturas em torno de um bem maior: a nação.
Na cidade de Itu, com quase 100 anos de existência, que serão completados em janeiro de 2018, o Regimento Deodoro não é diferente, comungando na união e manutenção da ordem e da paz, reforçando e defendendo a democracia no país.
Tais valores e conceitos inevitavelmente acabam na contramão do que vem ocorrendo em todo o país, com inúmeros escândalos de corrupção e uma grave crise econômica.
E é justamente nesse sentido que devemos relembrar a data de 19 de abril de 1648 e refletir. Fazer valer esse conceito de criação do Exército e, ao invés de brigarmos com “a”, “b” ou “c”, pela cor de sua pele, ideologia política e afins, unir forças e lutarmos por um país melhor, indo às ruas e às urnas, fazendo valer nossos direitos em um país democrático.
Saindo do cenário nacional e vindo para o de Itu, é a mesma coisa. Municípios vizinhos se desenvolveram de maneira considerável nos últimos 30, 40 anos, enquanto nossos governantes municipais, ao invés de somarem forças, simplesmente “cruzaram os braços” e torceram pelo fracasso alheio, simplesmente pela política em si, sem pensar no bem da coletividade ou até mesmo de seu próprio bem, já que os próprios, no poder ou não, moravam na mesma cidade. A história fala por si. Disputas de egos causaram guerras e não trouxeram soluções.
Pelo contrário, só agravaram problemas políticos e econômicos, gerando a famosa “bola de neve”. Ou seja, o que suceder, por maior que seja a sua boa intenção, terá inúmeras dificuldades, já que antes de poder dar a “sua cara” para a cidade, terá de “arrumar toda a casa”.
Se os ituanos ou os demais brasileiros parassem para refletir que não importa se você é de esquerda, de direita ou “ambidestro”, desde que queira de fato um país melhor, o Brasil se honraria e colocaria em prática a mensagem deixada pelo Exército Brasileiro em 19 de abril.
Enquanto militantes promovem baixarias nas redes sociais, apenas propagando um ódio desmedido com o intuito de se afirmar, se sentir superior perante os demais, o país seguirá, inevitavelmente, engatinhando no desenvolvimento e a lista de nomes citados na Operação “Lava-Jato” (que mais parece uma de classificação de vestibular) permanecerá como um reflexo de uma sociedade que está mais preocupada em destruir do que construir.
Façamos valer este trecho da célebre canção do Exército: “A paz queremos com fervor, a guerra só nos causa dor. Porém, se a Pátria amada for um dia ultrajada, lutaremos sem temor. Como é sublime saber amar, com a alma adorar a terra onde se nasce!”.