Prefeito eleito de Salto afirma que as decisões sobre Covid serão técnicas
No último dia 3 de dezembro, estiveram na redação do JP o prefeito e o vice-prefeito eleitos de Salto, Laerte Sonsin (PL) e Edemilson Santos (Podemos). Acompanhados da assessora de imprensa Karina Camargo, eles conheceram todos os departamentos do jornal e deram uma entrevista ao chefe de redação André Roedel, abordando assuntos como o enfrentamento à pandemia.
Segundo Laerte, eleito prefeito para os próximos quatro anos com 54,23%dos votos válidos (32.619 votos), as decisões com relação à Covid-19 serão técnicas. “Todas as nossas decisões serão tomadas de forma técnica. Nós não tomaremos nenhuma medida apenas por decisão política. Não colocaremos em risco a vida de ninguém”.
Laerte acredita que as medidas já convencionadas, como o uso de máscaras e distanciamento social, devam prosseguir, mas não acredita que um lockdown seja necessário. Ele atenta para a preocupação com um possível retorno às aulas. “Acreditamos que não será possível o retorno integral”, sugerindo um retorno “híbrido” com parte presencial e o restante à distância, com escalonamento de alunos.
Sobre o período eleitoral, Laerte conta que houve adaptações por conta da pandemia, mas não foi tão difícil fazer campanha. “Teve um elemento de preocupação, por conta do distanciamento, mas já estava uma época mais aberta, então foi possível chegar, entrar nas casas dos eleitores, conversar com as pessoas”, conta. “As nossas propostas eram bem aceitas. O resultado nas urnas só refletiu o que nós estávamos percebendo”.
Edemilson, que conhece Laerte há 20 anos, afirma que o povo saltense “comprou” a ideia da candidatura de ambos. “A campanha foi planejada. Aos poucos fomos crescendo e o resultado foi o esperado. Nós estávamos trabalhando muito. Estávamos muito confiantes”, relata o atual vereador, um dos principais nomes na oposição ao atual prefeito Geraldo Garcia (PP).
A formação da “dobradinha” foi natural, segundo ambos. Laerte conta que “tinha um contato muito estreito” com Edemilson, ambos tinham proposta de renovação e a população pedia a dobradinha, segundo ele. “Essa aproximação foi natural. A reunião de decisão para união das nossas campanhas foi muito tranquila”, afirma o prefeito eleito, que quer o vice ao seu lado nas decisões. “Eu e Laerte não temos vaidade. Foi de maneira natural. A população queria essa união para o bem da cidade”, complementa Edemilson.
Diálogo
O vice-prefeito eleito que manter o diálogo, tanto com a população quanto com a Câmara eleita. “Nós queremos ter um diálogo junto com a sociedade, na linha de frente com a população”, disse. Uma reforma administrativa deverá ser realizada e uma controladoria geral deve ser criada para fiscalizar os contratos na próxima gestão.
Neste ano, foram eleitos menos vereadores. Foi Edemilson quem apresentou projeto para redução de 17 para 11 edis, o que deve gerar uma economia de R$ 2,5 milhões em quatro anos. “Eu vejo uma Câmara renovada. Tem uma juventude com vontade de trabalhar”. Ele acredita que a nova composição vai “discutir em alto nível o crescimento do município”.
Laerte concorda. “Já tive oportunidade de conversar inclusive aqueles que não foram eleitos com os nossos partidos e todos eles já se dispuseram a trabalhar conosco para mudar o destino da cidade de Salto”, afirma, “Tem até uma determinação que nós demos a todos os secretários: não haverá nenhuma solicitação de vereador que não será respondida”, prossegue.
Secretariado
Recentemente, o prefeito eleito anunciou seu secretariado para a próxima gestão. Ele explica como se deu a escolha. “O critério que nós adotamos é que todos os secretários têm que ser técnicos, conhecedores daquilo que farão, com experiência, com bagagem, e, principalmente, todos de Salto”.
Laerte reclama de ex e atuais secretários sem vínculos com a cidade e não estão mais nela para prestar contas do que fizeram – ou não. Porém, afirma que suas escolhas não levaram em conta somente a questão política. “Nós não temos preocupação em relação a bandeiras políticas, e sim capacidade”.
Atuação
Laerte e Edemilson frisam que as principais bandeiras da administração serão saúde, abastecimento de água e emprego, com ênfase no último ponto. Ambos comentam a necessidade de se realizar parcerias para identificar as demandas das empresas instaladas no município, a fim de conseguir formação de mão de obra com qualificação específica. Por fim, eles deixaram mensagens para a população.
“Salto pode esperar uma gestão séria, eficiente, com economia dos recursos públicos e, principalmente, atendendo a necessidade da população. Investir no que é realmente necessário”, disse Laerte. “Nós estamos empenhados para fazer o melhor. Para executar o que foi apresentado no nosso plano de governo. Um plano de governo participativo, onde a sociedade se envolveu na construção desse projeto. Não faltará para nós garra, coragem, vontade, perseverança e fé”, afirmou Edemilson.