Presidente da OAB repudia ataques a mulher que questionou flexibilização
Por André Roedel
O escritório de advocacia do presidente da OAB de Itu, Rodrigo Tarossi, repudiou os ataques, considerados por ele criminosos e covardes, à senhorita Heloísa Girardi, que questionou através de canal do Ministério Público a flexibilização da quarentena no município – que acabou liberando o funcionamento de salões de beleza e congêneres, o que foi derrubado pela Justiça de Itu na semana passada.
“A Heloísa é uma jovem psicóloga, recém-formada, sem qualquer viés político, que, por conveniência ou ignorância, foi eleita vilã num episódio onde, na realidade, é a grande vítima”, disse o advogado. Através das redes sociais, a jovem sofreu um verdadeiro “linchamento digital”, com exposição de fotos acompanhadas de diversas críticas.
“A Heloísa está sendo alvo de ataques covardes e criminosos através das redes sociais, uma verdadeira crueldade. Sem falar ainda ao iminente perigo a sua integridade física e dos familiares, já que fotos de sua residência também foram lançadas na internet”, comenda Tarossi. “As agressões sofridas pela Heloísa caracterizam, em tese, injúria e difamação, na esfera virtual, passível de responsabilização civil e criminal”.
Ainda de acordo com o advogado, “vazar e divulgar documento que passa produzir dano a outrem também pode caracterizar crime e consequente responsabilização”. “O questionamento realizado no canal de ouvidoria do MP deveria ter caráter sigiloso, mas, não sabe por onde, houve vazamento da reclamação, o que vem gerando danos de toda ordem a Heloísa e sua família”, explica.
Rodrigo Tarossi também pontua que não é possível imputar à jovem a responsabilidade de uma decisão judicial em processo que sequer é parte, que sequer é mencionada. “É inimaginável que um questionamento isolado e unilateral possa ser único escopo de uma ação e consequente decisão judicial em caráter de urgência”, declara ainda.
“Ora, a reclamação realizada pela Heloísa junto a canal digital do MP sequer integra os documentos que validaram a ação civil pública (que acabou sendo aceita pela Justiça). Foram colacionados nos autos elementos de fatos e de direito, sem qualquer relação com e reclamação da srta. Heloísa que levaram ao Juízo conceder a tutela pretendida pelo Ministério Público”, afirma Tarossi ao JP.
O advogado ainda afirma que serão requeridas às autoridades competentes a devida apuração do vazamento, assim como serão tomadas as medidas judiciais na esfera cível e criminal para a responsabilização daqueles que lançaram ataques injuriosos e difamatórios contra Heloísa.