Presidente e governador tomaram posse
O 1º de janeiro, além de representar o primeiro dia do ano, também marcou o dia da posse do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília/DF, e dos 27 governadores eleitos ou reeleitos para os próximos quatro anos – em São Paulo, tomou posse o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), na capital paulista.
A posse do novo governador do Estado, que quebra uma hegemonia de quase 30 anos de comando do PSDB em terras paulistas, foi logo pela manhã, na Assembleia Legislativa de São Paulo. De lá, partiu para o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Ao lado do vice Felício Ramuth (PSD), Tarcísio foi recebido pelo ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que fez a entrega de um pavilhão do Estado antes de deixar a sede, ao lado de sua esposa Luciana Garcia.
Tarcísio e Felício chegaram ao Palácio com as esposas, Cristina e Vanessa. Eles seguiram para o Auditório Ulysses Guimarães, onde assinaram o termo de posse e também deram posse aos novos secretários da gestão 2023-2026. Em seu primeiro pronunciamento no Palácio dos Bandeirantes como governador de São Paulo, Tarcísio citou as prioridades do governo e defendeu a ampliação dos programas sociais e dos investimentos em obras de infraestrutura.
“Hoje é um dia especial, pois marca o início de uma caminhada. Pelos próximos quatro anos, o time que hoje assume fará o máximo para vencer os imensos desafios que nos são impostos. A reponsabilidade de governar um Estado como São Paulo, que se fosse um país, seria a 21ª economia do mundo, 3ª da América Latina, é enorme, só não é maior do que a motivação de fazer a diferença. Apesar da pujança, temos um Estado desigual e a atenção às demandas populares deve ser o grande direcionador da ação do Estado”, disse Tarcísio de Freitas.
A cerimônia foi acompanhada por um auditório lotado. Familiares, amigos, além de autoridades e convidados compareceram para o evento que marca o início do governo. Tarcísio, Felício e os demais secretários deixaram o auditório e cumprimentaram os convidados no Hall Nobre, onde também posaram para fotos.
O governador de São Paulo já teve compromissos assumidos no seu primeiro dia de trabalho na segunda-feira (02). Na oportunidade, Tarcísio se reuniu pela primeira vez com todos os secretários para uma reunião de planejamento e de definição das prioridades desta gestão nos próximos quatro anos.
Posse de Lula
Já a posse do presidente Lula e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), ocorreu no período da tarde. Por volta das 14h30, o 39º presidente da República foi até o Congresso Nacional para assinatura do termo de posse, sendo recebido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Lá, fez um discurso reafirmando a defesa da democracia e do meio ambiente, além de reafirmar propostas de campanha. “Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução”, disse o presidente.
Lula e Alckmin chegaram ao Congresso acompanhados de suas esposas, Janja e Lu, após desfilarem em carro aberto pelas ruas do entorno da Esplanada dos Ministérios. Após a posse, seguiram para o Palácio da Alvorada. Com a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que viajou para os EUA antes do fim do ano, Lula recebeu a faixa presidencial de um grupo de pessoas representando o povo brasileiro.
Entre as pessoas estavam o líder indígena reconhecido mundialmente, cacique Raoni, mas também pessoas “comuns”, como um professor, um metalúrgico, uma criança negra, uma cozinheira e também a catadora Aline Sousa, 33 anos, que foi a responsável por colocar a faixa em Lula após ela passar de mão em mão. Também esteve presente na rampa do Palácio a cachorrinha Resistência, uma vira-lata adotada pelo presidente e sua esposa. Após o ato, Lula, o vice e as esposas foram até o parlatório, onde o presidente discursou mais uma vez.
“Reassumo o compromisso de cuidar de todos, sobretudo daqueles que mais necessitam. De acabar outra vez com a fome. Temos um imenso legado, ainda vivo na memória de cada brasileiro e brasileira”, afirmou o presidente. “Vou governar para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para quem votou em mim. Vou governar para todas e todos, olhando para o nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado”, disse ele, que chegou a se emocionar durante a leitura.
Logo após, o presidente recebeu os cumprimentos dos chefes de Estado que vieram ao Brasil para prestigiar a posse presidencial. Ao todo, 18 chefes de Estado vieram a Brasília para a cerimônia. Entre eles está a maioria dos mandatários latino-americanos, com exceção de Peru e Venezuela. Em seguida, Lula deu posse aos 37 ministros de Estado e assinou seus primeiros decretos, atos e medidas provisórias, como os que garantem o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família, o fim do desmonte da política ambientalista e mudanças no porte de armas.
As cerimônias foram encerradas no período da noite, sendo finalizadas com um coquetel e um jantar de recepção aos líderes mundiais no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Do lado de fora, milhares de pessoas acompanharam a cerimônia por telões. Segundo levantamento do site “Poder360”, estiveram presentes aproximadamente 160 mil pessoas no ápice do evento. Além da posse, eles acompanharam o Festival do Futuro, um evento com apresentações gratuitas de dezenas de artistas que apoiaram Lula na campanha.
Secretários do governo Tarcísio de Freitas
- Secretaria de Saúde: Eleuses Paiva
- Educação: Renato Feder
- Governo e Relações Institucionais: Gilberto Kassab
- Casa Civil: Arthur Lima
- Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística: Natália Resende
- Segurança Pública: Guilherme Derrite
- Administração Penitenciária: Marcello Streifinger
- Comunicação: Lais Vita
- Fazenda e Planejamento: Samuel Kinoshita
- Desenvolvimento Econômico: Jorge Lima
- Negócios Internacionais: Lucas Ferraz
- Parcerias em Investimentos: Rafael Benini
- Gestão e Governo Digital: Caio Paes de Andrade
- Turismo e Viagens: Roberto de Lucena
- Políticas para a Mulher: Sonaira Fernandes
- Justiça e Cidadania: Fábio Prieto
- Transportes Metropolitanos: Marco Assalve
- Desenvolvimento Urbano e Habitação: Marcelo Branco
- Cultura e Economia Criativa: Marília Marton
- Agricultura e Abastecimento: Antônio Junqueira
- Desenvolvimento Social: Gilberto Nascimento Júnior
- Esportes: Coronel Helena Reis
- Ciência, Tecnologia e Inovação: Vahan Agopyan
- Secretaria Especial de Projetos Estratégicos: Guilherme Afif Domingos
- Direitos da Pessoa com Deficiência: Marcos da Costa
Ministros do governo Lula
- Ministério da Fazenda: Fernando Haddad
- Casa Civil: Rui Costa
- Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino
- Defesa: José Múcio Monteiro
- Relações Exteriores: Mauro Vieira
- Cultura: Margareth Menezes
- Relações Institucionais: Alexandre Padilha
- Igualdade Racial: Anielle Franco
- Educação: Camilo Santana
- Mulheres: Cida Gonçalves
- Gestão: Esther Dweck
- Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin
- Ciência e Tecnologia: Luciana Santos
- Trabalho: Luiz Marinho
- Saúde: Nisia Trindade
- Portos e Aeroportos: Márcio França
- Secretaria Geral: Márcio Macêdo
- Direitos Humanos: Silvio Almeida
- AGU (Advocacia-Geral da União): Jorge Messias
- CGU (Controladoria-Geral da União): Vinícius Marques
- Gabinete de Segurança Institucional: general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias
- Secretaria-Geral: Márcio Macêdo
- Comunicações: Juscelino Filho
- Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes
- Minas e Energia: Alexandre Silveira
- Esportes: Ana Moser
- Agricultura: Carlos Fávaro
- Pesca: André de Paula
- Gestão: Esther Dweck
- Cidades: Jader Filho
- Turismo: Daniela Carneiro
- Previdência Social: Carlos Lupi
- Planejamento: Simone Tebet
- Relações Exteriores: Mauro Vieira
- Povos Indígenas: Sônia Guajajara
- Desenvolvimento Social: Wellington Dias
- Meio Ambiente e Mudanças Climáticas: Marina Silva
- Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira
- Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta