Professora de dança fala sobre a saudade dos palcos

Iara tem programada viagem para a cidade portuguesa de Aveiro, em 2022, para Festival de Dança (Foto: Arquivo pessoal)

Há mais de um ano, o Periscópio segue noticiando os desafios enfrentados por profissionais, dos mais diferentes setores, em meio à pandemia de Covid-19. Em relação à dança, que teve seu dia internacional na última quinta-feira (29/04),  não é diferente. O JP conversou com a bailarina, coreografa, e professora de dança do Yara Produções Artísticas (YPA) e coordenadora e idealizadora do Núcleo de Dança do YPA, Iara Fioravanti.

A profissional começou a dançar aos seis anos de idade por indicação médica, ingressou no ballet e depois foi para o jazz e experimentou “um pouco de sapateado”, com 12 anos de idade foi “chamada para dançar numa companhia semi-profissional” e com 14 anos começou a dar aulas para crianças de jazz e ballet.

Iara, que também é arquiteta, mas nunca deixou a dança completamente, comenta que ao longo da pandemia não tem sido fácil trabalhar. “É muito estranho dar aulas através da tela do computador, sendo que dança é algo muito físico e de muito contato. Mas a gente vem tentando driblar essas barreiras, a gente busca atividades novas todos os dias para estimular os alunos”.

 Sobre as adaptações que foi obrigada a fazer, a profissional explica que trabalha com seus alunos alongamento, preparo físico e outras coisas que são permitidas dentro de casa, como até mesmo ensinar a fazer um coque para quem tem cabelos grandes e não atrapalhar na hora de dançar. Iara também ensina as maquiagens para os espetáculos futuros. “Até mesmo como armazenar, guardar e higienizar as sapatilhas e acessórios usados na dança. Coisas que são imprescindíveis para um bailarino”.

Questionada sobre o que a dança representa em sua vida e sua importância, Iara explica que a dança “é uma boa forma de se realizar atividade física, aprimorar a coordenação motora, entender a musicalidade, de ter uma vivência coletiva e acima de tudo se expressar. Para mim a dança é minha vida. Já não sei mais viver sem dançar. Em tempos tão difíceis como este que estamos vivendo, dançar ajuda a elevar a autoestima, deixar o corpo sempre em movimento e sem sombra de dúvida, na saúde física e respiratória”, destaca.

Enquanto aguarda o retorno das apresentações, Iara fala dos projetos pós-pandemia. “Nós queremos voltar para os palcos, retomar a nossa vivência de espetáculos competitivos e poder viajar mostrando nossa arte, por isso, temos uma viagem programada para Aveiro, em Portugal, em 2022, para um Festival de Dança que era para ter acontecido em 2020”, conta.

“Estamos nos dedicando muito para que possamos representar e expandir o nome de Itu, com a dança, para novos horizontes.Além claro, das nossas apresentações de alunos, tentar participar de mais festivais de dança que acontecem no Brasil e no mundo, e claro, poder subir nos palcos com a presença da plateia e poder fazer o que mais amamos”, conclui.