Professores e estudante analisam provas do Enem 2022
Nos dias 13 e 20 de novembro, foram aplicadas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. Ao todo, 3,4 milhões de pessoas estava inscritas para a realização do exame em todo o Brasil. Em Itu, milhares de pessoas fizeram a prova no CEUNSP (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio).
No primeiro dia de prova foram aplicadas 45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol), 45 questões de ciências humanas e a redação, que teve como tema neste ano “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”. Já no dia 20 de novembro, foram aplicadas 45 questões de matemática e outras 45 de ciências da natureza.
Após os dois dias de prova, o Periscópio voltou a conversar com os professores da Escola Estadual “Prof. Pery Guarany Blackman”, Fioravante Stefani Neto e Marcela Quicolli Feijó, e a aluna Isabella Cardoso Pereira, que comentaram sobre o exame.
“No que se refere a prova de língua portuguesa eu acho que cumpriu o previsto, questões ligadas principalmente a interpretação de texto, funções da linguagem, pouca referência gramatical. Existe um referencial literário, mas dentro, contextualizado no texto e o objetivo é a própria interpretação deles”, destaca Fioravante.
O educador acrescenta. “Os alunos que trabalharam melhor essa questão de leitura textual, entendem mais de um gênero textual, seu formato, objetivos, estilos de linguagem, tiveram uma vantagem em relação aos outros candidatos”.
Com relação à redação, o professor explana que “apesar de pegar muita gente de surpresa, [o tema] foi bastante interessante. Só o fato de usar o termo ‘desafios’, que há alguns anos o Enem não utiliza, trouxe um enfoque mais social para a redação com relação as comunidades tradicionais. Acho que os alunos encontraram facilidade com relação ao tema e um pouco de dificuldade para desenvolver uma proposta e intervenção. Mas foi um tema pelo que vi dos alunos, foi recebido de uma forma bastante positiva”.
A professora Marcela Quicolli Feijó destaca a prova de humanas. “Trouxe vários assuntos de relevância social, como igualdade de gênero, desigualdade social, principalmente durante a pandemia e acesso a tecnologia, porém trouxe muitos textos e poucos gráficos coisa que não é tão comum dentro da prova do Enem. Foi uma prova atual, apesar de bem cansativa com textos extensos”.
A estudante Isabella Cardoso Pereira fala ao JP sobre seu desempenho. “Eu fiz as duas provas. A do dia 13 que achei um pouco complicada as perguntas. Acho que pelo fato de ter palavras muito formais e que eu não conhecia dificultou um pouco o entendimento das questões, mas eu estou esperançosa, pois estudei bastante para o Enem”, afirma.
“Eu acho que o resultado que eu tiver foi fruto do meu esforço. E sobre o dia 20, que foi matemática e ciências da natureza, eu estou em sentindo mais segura. E estou feliz e ansiosa, mesmo sabendo que vai demorar um pouco. O resultado só vai sair no dia 13 de fevereiro”, acrescenta a aluna.
“Sobre a redação desse ano foi um tema bem atual, eu não esperava que fosse ele, não é um tema muito falado na sociedade. No começo eu achei um pouco complicado, mas daí fui escrevendo e tendo ideias bem interessantes”, conclui a jovem de 17 anos, que pretende cursar fisioterapia. O gabarito oficial do Enem será divulgado nesta quarta-feira (23), a partir das 18h, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).