Projeto “Dignidade Trans” é criado no Mês da Visibilidade Trans
A Associação Amigos da Diversidade de Itu, em alusão ao Mês da Visibilidade Trans, está lançando o Projeto Dignidade Trans, que tem o objetivo de auxiliar pessoas trans do interior paulista, previamente selecionadas, a resgatar sua dignidade com auxílio na retificação de seus documentos.
“O nome social é aquele pelo qual uma pessoa se apresenta e quer ser reconhecida socialmente, ainda que não tenha ratificado os documentos civis. Desde abril de 2016, o decreto nº 8.727 passou a reconhecer que, nas repartições e órgãos públicos federais, pessoas travestis e transexuais tenham sua identidade de gênero garantida e sejam tratadas pelo nome social.”
Com base na afirmação acima do site oficial do Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo, a Associação Amigos da Diversidade de Itu, criou um financiamento coletivo para a transformação da vida e da realidade de pessoas transgêneros a partir da retificação do prenome e gênero.
Este é um projeto democrático, que tem como intuito atender o máximo de pessoas trans do interior paulista em vulnerabilidade e que não garantem condições de arcar com este documento. “Como todos nós sabemos, documento é dignidade”, explica o Presidente da AAD, Felipe Cavalheiro. O projeto conta com uma Vakinha online para arrecadação ou, para doações abaixo de R$ 25,00, podem ser feito através da chave Pix 46.875.726/0001-79.
Janeiro é o mês da Visibilidade Trans
No dia 29 de janeiro de 2004, foi organizado, em Brasília, um ato nacional para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. O ato foi um marco na história do movimento contra a transfobia e na luta por direitos e a data foi escolhida como o Dia Nacional da Visibilidade Trans.
Para celebrar e reafirmar a importância da luta pela garantia dos direitos das pessoas trans, foi definido que o mês de janeiro seria inteiro dedicado à visibilidade dos transexuais. Intitulada como Janeiro Lilás, a iniciativa busca a sensibilização da sociedade por mais conhecimento e reconhecimento das identidades de gênero, com o intuito de combater os estigmas e a violência sofridos pela população transexual e travesti.
O preconceito, a baixa escolaridade, o desemprego, a discriminação e a violência fazem do Brasil o país que mais mata transexuais no mundo. Enquanto a expectativa de vida média da população brasileira é de 74 anos, segundo o IBGE, a das pessoas trans é de apenas 35 anos.
Infelizmente a grande maioria da população trans ainda é expulsa de casa e obrigada a sobreviver por meio da prostituição. De acordo com Dossiê de 2019 da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), 90% da população de travestis e mulheres transexuais utilizam a prostituição como fonte de renda devido à falta de oportunidades no mercado de trabalho.