Projetos de lei referentes à Guarda Civil Municipal são retirados da pauta
Prefeito alegou que proposituras serão melhor analisadas. Giva lamentou: “maioria da Guarda perdeu”
Três projetos que seriam votados na sessão desta semana foram retirados da pauta a pedido do prefeito Antonio Tuíze (PV). As proposituras eram referentes à GCM (Guarda Civil Municipal): a primeira instituía o adicional de risco de vida para ocupantes de cargos indicados, a segunda dispunha sobre a criação de uma ouvidoria e a terceira criava o regimento interno da corporação.
Segundo a solicitação do Executivo, os projetos foram retirados porque deverão ser melhor analisados. Outras duas proposituras que não haviam entrado em pauta ainda também foram retiradas pelo prefeito: um criava a corregedoria geral e outro o regulamento disciplinar da Guarda Civil.
O vereador Givanildo Soares (PROS) comentou sobre a retirada dos projetos durante seu tempo de Palavra Livre. “Os guardas entenderam que alguns itens dos projetos não são importantes. A gente tem que respeitar. Mas, por consequência disso, o prefeito retirou todos os projetos para estudo. E a maioria ficará sem suas solicitações atendidas”, disse o edil.
Segundo Giva, parte da GCM não concordou com itens do projeto que supostamente privilegiariam os guardas que fazem a segurança do prefeito e do vice-prefeito. “Eu apoiei o projeto achando que era importante, mas como a maioria da Guarda achou por bem ir contra, a gente tem que respeitar. Porém, não era um projeto de privilégios. Quem seria beneficiado seriam os de agora, mas se algum dos senhores (guardas) fosse escolhidos para ser motorista do prefeito, também ia ser privilegiado – desde que ficasse mais de dois anos”, explicou.
O vereador ainda disse que foi feita uma reunião entre o prefeito e guardas, que solicitaram a retirada dos projetos. “Era um projeto que qualquer guarda que fosse trabalhar com o prefeito teria benefícios. Qualquer um, não só os que estão”, comentou Giva, informando que foi procurado por um guarda pedindo que ele votasse contra a propositura.
Ainda na Palavra Livre, Giva pediu que o prefeito volte a enviar os projetos para a Câmara. “Tomara a Deus que ele coloque de volta o projeto que ia beneficiar a maioria da corporação. Mas não vai colocar. Eu senti hoje que não vai colocar, até mesmo pelo prazo”, declarou o vereador, lembrando que existem poucas sessões até o fim do ano – sendo duas reservadas à votação da Lei Orçamentária Anual. “É uma pena, porque a maioria da Guarda perdeu”.