Protesto tem vereador Moacir Cova como alvo

Manifestantes circularam pelas ruas centrais da cidade, chamando a atenção de quem passava (Foto: Divulgação)

Na tarde da última terça-feira (25/02), um grupo de manifestantes realizou um protesto contra o vereador Moacir Cova (Podemos) em frente à Câmara Municipal. Como a sessão durou pouco menos de 25 minutos nesta semana, os participantes do ato resolveram percorrer algumas ruas da região central de Itu. Em cima de um caminhão e com auxílio de aparelhagem de som, os manifestantes gritaram palavras de ordem.

Eles acusam Cova, que é investigador de Polícia Civil, da morte do adolescente Antony Juan Nascimento Lisboa, de 16 anos, e de Rian Gustavo Alves de Campos, 23, segundo o site “Ponte Jornalismo”. Com gritos de “Moacir assassino” e “queremos justiça”, o grupo percorreu as principais ruas do Centro, parando em frente ao Ministério Público e do Fórum.

A mãe de Rian, Rosemary, divulgou vídeo nas redes sociais em que afirma que o protesto não teve cunho político e que, se o filho dela errou, deveria ter sido preso, e não assassinado. Ela cobra responsabilização na Justiça.

Essa não foi a primeira manifestação feita pelas mães das vítimas. Em dezembro do ano passado, os familiares de Rian e Antony fizeram outro ato na cidade, que teve início no CEA Villa, no bairro Residencial Presidente Médici.

Rian e Antony foram mortos no ano passado no CDHU da Vila Lucinda e, ainda segundo a “Ponte”, a arma encontrada com o primeiro teria sido “plantada” pelos policiais. Além de Moacir, outros investigadores da Polícia Civil teriam participado da ação. Eles seriam conhecidos como “Bonde do Moacir”. A denúncia desse caso foi levado à Corregedoria da Polícia Civil em um dossiê elaborado pela Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio.

Além das mães das vítimas, o ato contou com a participação de integrantes do Movimento de Mulheres Olga Benário, da União da Juventude Rebelião (UJR) e do partido Unidade Popular pelo Socialismo (UP), que pediam o fim da violência policial. A reportagem do JP procurou a assessoria de Moacir Cova, mas foi informada de que ele não iria se manifestar sobre o ato.