Relatos da pandemia: ituanos falam do enfrentamento à doença do coronavírus
Desde março, quando a cidade de Itu registrou seu primeiro caso de Covid-19, o Periscópio vem acompanhando a situação da pandemia no município, que até a última quinta-feira (09) registrava 878 casos confirmados, 698 casos confirmados de cura e 43 mortes, entre elas de Cezarina Paulino Teodoro, de 55 anos, que faleceu na segunda-feira (06), após 17 dias de internação.
Ao JP, o bombeiro civil Wesley Teodoro, de 28 anos, filho de Cezarina, falou sobre o difícil período atravessado por sua mãe e toda a sua família. “Ela começou a apresentar sintomas de uma gripe comum. Procuramos um hospital particular, onde foram realizados exames e diagnosticada uma pneumonia”, recorda.
Wesley comenta ainda que a situação a partir de então passou a piorar. “Com o passar dos dias ela começou a sentir falta de ar e foi encaminhada para o Hospital São Camilo, e com o passar dos dias ela teve uma piora e começou a sentir falta de ar. Antes mesmo da confirmação da Covid-19, os médicos a entubaram e entraram com o medicamentos, porém ela não resistiu. Até agora a ficha não caiu”, lamenta o bombeiro civil.
Ainda à reportagem, Wesley disse não saber como sua mãe pode ter se infectado, porém, no período em que a mesma se encontrava em tratamento, houve também a preocupação com outros familiares, já que seu pai de 51 anos e sua irmã de 26 anos testaram positivo para Covid-19.
Ao contrário de Cezarina, que possuí problemas pulmonares pré-existentes, os familiares estão recuperados, não sendo necessário o uso de medicamentos, sendo respeitado o período de isolamento, com ambos permanecendo assintomáticos. Quanto a Wesley, este comenta que realizou o teste na semana passada dando negativo.
Outro caso de recuperação é o da pensionista Tereza Dias Muniz de Moraes, de 66 anos, que teve alta do Hospital São Camilo, no dia 24 de junho, depois de oito dias de internação. A reportagem falou com a dona de casa Kesia Batista Barros de Moraes, de 34 anos, nora da idosa – que faz uso de remédio controlado, por ser hipertensa e diabética.
“Foi maravilhoso, um milagre de Deus para a família”, diz Késia sobre a recuperação de sua sogra. “Ela nem sabe dizer (o que sentiu), mas até oxigênio teve que dar no sangue dela, ela chegou muito ruim no hospital de campanha”, acrescenta a familiar.
Sobre o atual estado de saúde de Tereza, moradora do bairro Vila Martins, Kesia comenta que “ela está super bem de saúde, recuperada e sentindo-se muito bem”. Além da recuperação da matriarca, a família também comemorou outras curas de seus membros, já que Kezia, seu marido (o funcionário público Valmir Muniz de Moraes, de 42 anos), seus filhos (Gustavo e Tainá, de 16 e 13 anos, respectivamente) e seu cunhado (Valmir, de 37 anos, funcionário público) também tiveram a Covid-19.
Sem a necessidade do uso de medicamentos, Kesia relata ao JP que ela e os familiares que testaram positivo – exceto sua sogra – mantiveram o isolamento em casa, apresentando febre, dor no estômago, costas e cabeça, além da perda do olfato e paladar, estando agora, todos curados.