Renúncia de Carlota foi a quarta na história da Câmara Municipal
A inesperada renúncia do agora ex-vereador Reginaldo Carlota foi a quarta da história da Câmara Municipal de Itu. Antes deles, três vereadores deixaram suas cadeiras no Legislativo ituano para ocupar outros cargos. O Periscópio solicitou ao departamento de comunicação da Casa de Leis os dados dos parlamentares que deixaram seus cargos – confira abaixo:
1956/1957 – Segundo a Câmara, em seu site há a informação que a Drª Maria Lúcia Almeida de Marins Dias Caselli foi substituída por Abílio Savi – que dá nome ao prédio do Legislativo – no cargo de 1ª secretária (mesa diretora de 1956-1957, com presidência de Luiz Guido – que dá nome ao plenário).
Ainda de acordo com o departamento de comunicação da Casa de Leis, não foi possível encontrar a informação completa sobre quem assumiu seu posto e data exata da renúncia. Maria Lúcia, mantenedora da Faculdade de Direito de Itu (Faditu), deixou o posto para ser advogada na Prefeitura.
1995 – Em 2 de outubro daquele ano, o vereador José Olímpio Silveira de Moraes (hoje deputado federal) renunciou e assumiu a 1ª suplente pelo PMDB, Maria de Lourdes Figueiredo Sioli. O arquivo não especifica o motivo da renúncia e o presidente na época era Olavo Volpato (ex-prefeito de Itu).
2004 – O vereador Celso Alves Magalhães renunciou em razão de posse como Juiz do Trabalho e quem assumiu foi o 1º suplente pela coligação PSC-PCdoB, Eraldo Alves Araújo (o Eraldo Comunidade). O presidente era João Ferreira Marciano.
Polêmicas
A passagem de Carlota pela Câmara foi marcada por polêmicas. Eleito pela coligação “Itu precisa mudar”, que reunia PTB e Rede Sustentabilidade, o escritor e repórter policial iniciou seu mandato apoiando as ações do prefeito Guilherme Gazzola (PTB). Aos poucos, foi passando a criticar os projetos do Executivo e migrar para a oposição.
Ao lado de Maria do Carmo Piunti (PSC), votou contra algumas proposituras de Gazzola. Também acumulou algumas discussões no plenário, principalmente com o vereador Macruz (PTB) e, recentemente, com José Galvão (DEM).
Carlota sai da Câmara com apenas um projeto protocolado (que dispunha da retirada de veículos abandonados em vias públicas). A propositura foi feita em conjunto com Galvão, porém acabou arquivada. O ex-vereador também fez ou participou de 27 indicações, 22 requerimentos, 16 moções, três projetos de resolução e um projeto de Emenda à Lei Orgânica.
A reportagem do Periscópio solicitou uma entrevista com Carlota, porém o mesmo disse que não tem “mais nada a declarar” além do conteúdo de sua carta de renúncia e a publicada em seu Facebook.