Resident Evil: O Capítulo Final

Por André Roedel

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Um grande compilado de cenas de ação ensandecida. Assim é Resident Evil: O Capítulo Final, que promete ser o último filme da franquia porcamente baseada no game de sucesso. A produção tem sucesso em levar às telonas um clima de videogame e em imergir o espectador no universo de zumbis e clones, mas para por aí.

O roteiro é fraco, os diálogos são inexistentes, os efeitos visuais são pobres e não há identificação alguma com as causas dos personagens. O filme é todo voltado às sequências de ação rápidas e com cortes abruptos – que pode deixar quem vê um pouco tonto. Nada mais do que isso. Pra quem gosta, é um prato cheio. Pra mim, foi um martírio de quase duas horas.

O filme não é independente dos anteriores, porém pode ser acompanhado tranquilamente por quem não os viu. Isso porque – tal qual o igualmente fraco Anjos da Noite – Guerra de Sangue – há uma recapitulação da trama até o momento. Neste derradeiro capítulo, vemos Alice (Milla Jovovich) em sua última investida contra a Umbrella Corporation, empresa comandada pelo Dr. Isaacs (Iain Glen) que soltou um vírus que torna as pessoas em zumbis.

Como afirmado inicialmente, o filme é competente ao transpor para o cinema o clima de um jogo de videogame. A cada nova cena liderada pela protagonista, parece que avançamos uma nova fase e nos deparamos com um novo “chefão”. Em algumas oportunidades, você sente a aflição de Alice e seus companheiros – que são pouco ou nada explorados. Por isso, espere por muitos “sustinhos” – bem manjados, por sinal.

Fora isso, não dá pra conseguir gostar realmente do filme – a não ser que você seja muito fã da franquia (do cinema, não dos games, pois elas são bem diferentes) ou goste da “câmera nervosa” do diretor Paul W.S. Anderson. Em resumo, Resident Evil: O Capítulo Final exala ação e falta de carisma. Vale o ingresso se você gosta dessa combinação.

Nota: 4,5/10