Rick Schmidt assume a presidência da Escola Superior de Advocacia em Itu

Atuando como advogado e à frente de novos negócios, ex-vereador falou de política, empreendimentos e novos planos ao JP

 

André Roedel

Aos 33 anos, o ex-vereador Rick Schmidt (PDT) está “enfrentando” seu principal desafio nos últimos dias: o de ser pai. Casado com a jovem Christiane, o advogado curte os primeiros dias do pequeno Felipe, nascido na última semana. Paralelamente a isso, ele desenvolve outros projetos e toca seus negócios, além de realizar atendimentos gratuitos para pessoas carentes da cidade.

Em meio a essa rotina, Rick conversou com o “Periscópio” para mostrar que, apesar de não ter sido reeleito, ainda tem a oferecer para Itu. “E eu acho que a gente tem muito o que contribuir com a cidade de alguma forma”, conta ele que, desde o início do ano, realiza atendimentos pela Justiça Gratuita na Casa do Advogado da OAB-Itu.

“As pessoas deveriam tirar um pouquinho do seu tempo para pensar no próximo. Eu acho que falta essa solidariedade em nosso país e no mundo”, comenta. Além disso, Rick também assumiu em fevereiro a presidência da Escola Superior de Advocacia (ESA), onde vai ajudar a trazer palestras e mais aprendizado aos advogados ituanos.

O trabalho como vereador entre 2009 e 2012 também foi assunto. Rick recordou projetos importantes que ajudou a implantar, como a “Lei da Sacolinha” (de sua autoria) e o sistema de videomonitoramento (vindo através de amizade pessoal com o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo).

 

Quase prefeito    

E esse trabalho quase o credenciou a ser candidato a prefeito pelo grupo do atualmente deputado federal Herculano Passos (PSD) na eleição de 2012, no lugar de Antonio Tuíze – que acabou eleito. “Eu não culpo ninguém. Acho que foi escolha na época, mas eu tinha tudo para ser realmente (prefeito). As pesquisas do grupo político mostravam que eu estava eleito, mas não fui eu o escolhido”.

Sem fazer críticas a Tuíze, Rick declarou que tomaria medidas diferentes do ex-prefeito. “Muitas das minhas escolhas seriam outras. E eu acredito que a cidade estaria totalmente diferente hoje”, explica o advogado, que também teve experiência como secretário de Governo.“Muitas coisas eram para acontecer na cidade, mas eu não tinha o poder da caneta na mão. A decisão não era minha; a decisão final era do prefeito”, prossegue.

Dois anos antes, Rick havia sido convidado pelo então prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira (na época no PDT, hoje no PMDB), para ser candidato a deputado federal. “Ele queria lançar um candidato novo na cidade dele para fazer frente ao José Onério (ex-prefeito de Indaiatuba). O Geraldo Garcia (prefeito de Salto), um amigo muito querido, também apoiaria a minha candidatura”.

 

Eleição 2016

Em 2016, Rick não obteve a votação esperada para vereador. Mas novamente a história teria sido outra caso ele aceitasse os convites que diz ter recebido. “Eu tive convites do Neto (Beluci) e do Guilherme (Gazzola) para ser vice-prefeito. O próprio Oswaldo (Sonsini) me procurou, mas, pela minha fidelidade na época a quem me introduziu na política, eu não tive como aceitar”, explica.

Para ele, a estrutura enxuta e o descrédito da população na classe política o fizeram perder as últimas eleições. “A sociedade teve uma rejeição muito grande com a política nessa última eleição. O planejamento não foi errado, acontece que a massa hoje está descrente de político, e com razão”, conta ao JP.

 

Futuro

Além do trabalho como advogado, Rick vem investindo em seu lado empresarial. “Eu estou com uma visão empresarial muito mais forte, de gestor realmente, do que político. Porque acho que a política tem que ser levada em paralelo. Muitos usam da política pra ser seu ganha pão, e é isso que estraga”, opina.

E esse lado gestor envolve seu escritório de advocacia, empreendimentos imobiliários e uma sociedade em uma empresa de seguros de saúde em São Paulo, além de novidades que Rick pretende fechar em breve. “O que eu quero é poder contribuir com o desenvolvimento de Itu. Eu amo essa cidade. Então como eu não pude ajudar diretamente, me coloco à disposição para o que precisarem”, relata.

Mas o lado político de Rick não deve ficar de lado. Ele já recebeu convites para integrar novos partidos, apesar de não confirmar oficialmente. Um deles, segundo o “Periscópio” apurou, é o PSB, de seu amigo Guti, prefeito de Guarulhos, e do vice-governador de São Paulo, Márcio França. “É muito cedo para falar sobre 2020, mas existe uma possibilidade, muitos convites para serem estudados com muita calma até lá”, finaliza o advogado.