Rogue One: Uma História Star Wars

Por André Roedel

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A franquia Star Wars sempre foi riquíssima. Todo o universo galáctico criado por George Lucas contém histórias para dezenas de filmes. Porém, as duas trilogias até então lançadas focavam na saga de uma família específica, os Skywalkers. Em O Despertar da Força, longa que trouxe de volta o encanto da saga para as telonas, os protagonistas mudam – mas a família de Luke e Leia e boa parte dos personagens clássicos permaneciam presentes.

Agora, com Rogue One, a história tende a mudar. Porque, como escrevi no início deste texto, a franquia é rica. Pode – e deve – ser expandida. Até se arriscar em gêneros diferentes, se possível. O lançamento desta semana, por exemplo, é o filme de Star Wars com mais war. A guerra entre Império e Aliança Rebelde é mais presente e palpável nesta obra.

Rogue One é, afinal, um ótimo filme de guerra em um cenário repleto de naves e armas laser. O longa conta a trama de Jyn Erso (Felicity Jones), filha de Galen (Mads Mikkelsen) – o criador da Estrela da Morte. Afastada do pai ainda na infância, a jovem acaba sendo resgatada pela Aliança Rebelde, que planeja roubar os planos da temível arma imperial. E é aí que o embate começa.

Dirigido de forma competente por Gareth Edwards (de Godzilla), o filme recria situações de outros filmes da saga principal ao utilizar os mesmos recursos de roteiro – que é assinado por Chris Weitz e Tony Gilroy. Porém, faz isso de maneira competente. Não é falta de criatividade, mas sim uma reverência a tudo que já foi feito anteriormente. Por isso, espere por muitas referências a cânone de Star Wars.

O filme segue uma estrutura semelhante à de Sete Homens e Um Destino, clássico de velho-oeste. O carisma dos personagens não é o mesmo dos da história principal, mas você consegue se identificar facilmente com eles. Em especial o dróide K-2SO (voz de Alan Tudyk), um dos mais divertidos. Sem falar da excelente dupla Chirrut Imwe e Baze Malbus, interpretados respectivamente por Donnie Yen e Jiang Wen, que rouba a cena.

Rogue One ainda conta em seu estrelado elenco com o premiado Forest Whitaker, que faz o mentor de Jyn, Saw Gerrera; o ótimo Diego Luna, interprete do capitão Cassian Andor (um misto de Luke e Han Solo), e Ben Mendelsohn no papel do diretor Orson Krennic, talvez o vilão mais presente ao longo do filme

Mas ele não é o maior, simplesmente porque Darth Vader (voz de James Earl Jones) aparece. E com a imponência que um dos maiores personagens da história do cinema merece. Ouso dizer que Rogue One vale o ingresso só pelas poucas cenas em que ele está presente. Se você é fã da franquia – ou mesmo se não é – o filme é uma ótima pedida para esse fim de ano.

Nota: 8,5/10

Ficha Técnica:
Direção: Gareth Edwards
Produtora: Lucasfilm, Disney
Elenco: Felicity Jones, Diego Luna e Forest Whitaker
Duração: 2h14
Censura: 10 anos
Gênero: Aventura