Saiba mais detalhes do fechamento do Museu da Energia de Itu

Com 25 anos de história, Museu da Energia de Itu fica localizado em um histórico sobrado no Centro de Itu (Foto: André Roedel)

Uma notícia pegou todos de surpresa na última sexta-feira (07): a Fundação Energia e Saneamento (FES), mantenedora da rede Museu da Energia, informou que iniciou um processo de “reposicionamento institucional” que envolve diversas transformações e, como parte desse reposicionamento, as unidades de São Paulo e Itu passarão por um período de reestruturação e ficarão temporariamente fechadas ao público nas próximas semanas.

O comunicado enviado à imprensa também informava que o Museu da Energia de Itu passará por um processo de restauração das fachadas e de conservação preventiva e corretiva de suas áreas internas. A iniciativa é viabilizada pelo Edital ProAC 12/2024, com patrocínio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas do Estado de São Paulo, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab). O recurso é no valor de R$ 2 milhões.

As obras serão realizadas pelo Estúdio Sarasá, e a Fundação contará também com a parceria do Instituto Sarasá – braço não governamental da empresa de restauro, que tem se especializado em projetos de educação patrimonial. A reestruturação da Fundação Energia e Saneamento inclui ajustes na equipe (na prática, demissões), mas a Diretoria Executiva informou que prevê a recomposição do quadro a médio e longo prazo.

A reportagem do JP entrou em contato com a FES para obter mais informações sobre o fechamento do Museu da Energia de Itu. Segundo a entidade, o projeto de restauração das fachadas e de conservação do Museu da Energia de Itu tem previsão de 18 meses de duração. O calendário de ações, com previsão de reabertura, será divulgado quando forem efetuados os repasses de recursos pelo governo do Estado.

“O fechamento provisório do Museu da Energia de Itu está relacionado à segurança e adequações no período de realização das obras de restauração das fachadas e conservação interna. Nesse período, a Fundação Energia e Saneamento também está passando por um amplo processo de reposicionamento institucional. Essa reestruturação tem como foco otimizar as operações e aprimorar a programação cultural e educativa oferecida. Por isso, o Museu da Energia de São Paulo, durante algumas semanas, também permanecerá fechado”, declara Claudinéli Ramos, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Energia e Saneamento.

“Nosso objetivo é garantir que, ao final desse processo, a Fundação esteja ainda mais preparada para cumprir sua missão de promover a preservação e educação patrimonial, oferecendo uma programação mais diversificada e de impacto para o público. Dentro desse contexto de reestruturação e da disponibilidade orçamentária existente, alguns colaboradores da FES foram realocados para funções que estão mais alinhadas com as novas necessidades e desafios da instituição. Outros, infelizmente, não puderam ser mantidos dentro da estrutura atual e foram dispensados, sempre com todo respeito a cada profissional e à legislação vigente”, prossegue.

Dois funcionários e três estagiários que atuavam no Museu da Energia de Itu foram demitidos. Os serviços de portaria, vigilância e limpeza continuarão mantidos, inclusive durante o período de obras. “As definições quanto ao quadro de pessoal do Museu de Itu serão tomadas ao longo dos próximos meses, no bojo do reposicionamento institucional”, explica Claudinéli.

Instituída em 1998 para preservar, pesquisar e divulgar o patrimônio cultural dos setores que lhe deram origem, a Fundação Energia e Saneamento iniciou o reposicionamento de suas ações a partir de 2024 e esse processo vem sendo discutido com o conselho, a equipe e apoiadores da instituição desde o início do ano passado e parte da compreensão de que, para sobreviver, a Fundação precisa ampliar seus resultados de relevância pública e interesse social.

“Nesse tipo de processo de reestruturação, muitas vezes há necessidade de suspender e repensar algumas atividades, para alinhá-las ao novo enfoque. As mudanças em vista são profundas e estruturantes, tiveram início há mais de um ano e ainda levarão algum tempo para surtirem os efeitos desejados, mas estamos confiantes e muito empenhadas nessa busca de garantir mais relevância cultural e social, mais visibilidade e mais sustentabilidade às ações da Fundação Energia e Saneamento”, finaliza a Presidente do Conselho de Administração da FES.

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