Sempre Atento: Aprender e resolver
Por Moura Nápoli | Editor de Esportes
Em sã consciência, alguém poderia imaginar que o Ituano teria melhor sorte? O rebaixamento doeu principalmente nos verdadeiros torcedores. Doeu, machucou, mas foi justo! Justíssimo!
E quem acompanhou como eu todos os jogos, vendo o que o time jogou contra o São Paulo, tem certeza que se tivesse jogado assim pelo menos mais três jogos, não teria sido rebaixado. E isso só comprova que se houvesse a troca de treinador enquanto havia tempo, a situação poderia ter sido outra.
Por outro lado, se o Ituano tivesse se salvado novamente, é bem possível que nada mudasse e a gestão seguisse entendendo que está tudo bem. Então, que esse rebaixamento sirva para dar uma chacoalhada para o bem do próprio clube.
A nota oficial distribuída pela gestão e reproduzida nesta edição tem um final enfático: “Temos a obrigação de retornar no mesmo ano à Série A1. Retornaremos mais fortes!”
Para que isso se concretize, há coisas a serem mudadas. Eu acredito que mudem, pois Juninho e Paulo Silvestri são homens honrados, sérios e comprometidos com o clube. Fato!
Esse comentário é feito por um jornal que, quando Juninho tinha cinco anos de idade, isto é, em 1978, divulgou com orgulho que o Ituano – na época o Ferroviário Atlético Ituano – voltava ao profissionalismo. De lá até hoje, o Periscópio abraçou o Ituano nos bons e nos maus momentos. E assim seguirá.
Nestes 46 anos, este Moura Nápoli, que traça estas linhas abraça e divulga com amor e orgulho as coisas do Ituano há mais de 40. As lágrimas derramadas em 2014 na emoção da conquista do bicampeonato são as mesmas de hoje. As esperanças de sucesso, também.
Mas que haja mudanças reais no pensamento e nas ações, pois o Ituano é muito grande para a A-2. E que ainda neste 2024 não nos faça chorar mais um rebaixamento, porque aí não há coração que resista…