Sinal Verde: teve corrida?
O que ocorreu neste domingo (29), em Spa-Francorchamps, foi tudo menos uma corrida. Max Verstappen, da Red Bull, venceu um GP da Bélgica que oficialmente ocorreu, em uma análise fria, mas não “existiu” esportivamente falando.
Debaixo de uma forte chuva, a largada para a prova foi postergada em diversas oportunidades, até que a mesma ocorreu com o safety-car na pista. Porém, a “corrida” durou apenas quatro voltas.
Em nenhum momento, de fato, ocorreu uma corrida, já que nas quatro voltas o safety-car esteve presente, ou seja, ninguém podia ultrapassar ninguém. Foi uma “procissão” ou “exibição”, respeitando a ordem do grid de largada. Após as quatro voltas, a corrida foi encerrada, valendo apenas metade dos pontos para o campeonato, uma vez que, não foi realizado 75% do GP.
Com isso, o vencedor da etapa belga, Max Verstappen, ao invés de contabilizar mais 25 pontos para o campeonato, levou 12,5. O segundo colocado, George Russell, somou nove ao invés de 18 e Lewis Hamilton, que completou o pódio, faturou 7,5 pontos, ao invés de 15.
Com o resultado, Hamilton segue na liderança do mundial de pilotos, somando 202,5 pontos contra 199,5 de Max Verstappen e 113 do terceiro colocado, Lando Norris. Já no mundial de construtores, a ponta segue com a Mercedes (310,5 pontos), seguida por Red Bull (303,5) e McLaren (169 pontos).
Entendo que a segurança tem que existir. A integridade física dos pilotos necessariamente tem que vir antes de qualquer competição, mas a organização da Fórmula 1 poderia muito bem ter adiado a etapa para segunda-feira (30), ao invés de fazer uma “prova” com quatro voltas e reduzir a pontuação. Em um campeonato tão disputado como este, a história do campeonato pode ter sido alterada.
A temporada 2021 da Fórmula 1 retorna no domingo (5 de setembro), com o GP da Holanda. Vamos em frente!