Situação da Santa Casa segue indefinida

A empresa que irá substituir a operação da Santa Casa de Misericórdia de Itu segue indefinida. Em junho deste ano, a  Sociedade Beneficente São Camilo (SBSC) anunciou que deixaria a gestão do hospital, porém nenhuma informação sobre a nova gestora foi divulgada, seja pelo Governo do Estado de São Paulo ou pela Irmandade que administra o complexo hospitalar.

A saída da SBSC está prevista para a próxima quarta-feira (30) e nem funcionários ou pacientes sabem o destino do comando da Santa Casa. Operadoras de convênio médico que mantinham contrato com o São Camilo para atendimento já comunicam seus clientes de que hospital ituano não mais os atenderá.

 Há um mês, aventou-se a possibilidade de o CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” – que já administra desde o início do ano o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Itu – passar a ser responsável pela gestão, o que foi negado pela assessoria de imprensa do mesmo à reportagem do JP.

 Agora, estando cada vez mais próxima a saída do São Camilo, fica latente a dúvida. O Periscópio entrou em contato esta semana com a Sociedade Beneficente São Camilo para saber se há alguma novidade, com a mesma informando que, até o momento, não há definição a respeito do novo gestor da Santa Casa de Itu. A SBSC esclareceu ainda que, independentemente desta questão, o atendimento à população não será descontinuado mesmo com o encerramento do convênio entre o Estado e a entidade.

 Também entramos em contato com a Prefeitura de Itu, que informou aguardar a conclusão do credenciamento que está sendo conduzido pelo Governo do Estado. “Há uma liminar deferida pela Justiça que reconhece que o São Camilo é obrigado a respeitar o prazo de transição que vai até o final de novembro, início de dezembro”, alega.

 A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado, mas o mesmo se esquivou, informando que não teria como informar. Também entramos em contato com o mantenedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, Raul de Paula Leite, mas o mesmo não retornou nosso telefonema até o fechamento desta edição.

Hospital de Campanha

Também ficou a dúvida a respeito da operação do Hospital de Campanha de combate ao novo coronavírus, instalado pela Secretaria Municipal de Saúde no início da pandemia no antigo espaço da maternidade da Santa Casa, onde funcionava até 2016 o pronto-atendimento municipal.

  Segundo a Prefeitura, o mesmo deve prosseguir o atendimento normalmente enquanto durar a pandemia. “Após a pandemia, o governo municipal pretende utilizar o referido espaço para a reabertura do pronto-atendimento no local, dependendo ainda de futuras tratativas com a empresa que irá assumir o hospital”, informa em nota.