Sumiço de corujas da Galileu Bicudo preocupa leitor
Na última semana, o JP recebeu uma denúncia de um leitor sobre o sumiço de corujas buraqueiras que residiam na Avenida Galileu Bicudo, próximo à antiga quadra de vôlei de areia, na altura do Supermercado Pague Menos. Segundo ele, que sempre trafega pela via, atualmente havia o casal de corujas e mais três filhotes, já crescidos, habitando o local.
“Para minha surpresa, desde segunda-feira (23/05) as corujas não estão mais ali. Para piorar, tanto na segunda quanto na quarta, havia trabalhadores da EPPO no local, podando o mato, o que não pode ser apenas coincidência”, comentou o leitor. “Minha preocupação é com o bem estar das aves, e manutenção da natureza, portanto, é preocupante o que pode ter acontecido”.
A reportagem esteve no local recentemente e, inclusive, fotografou o casal de corujas. E também reparou no sumiço dos animais na última semana. Em contado com a Prefeitura, a mesma informou que, como de praxe, o trabalho de capina foi realizado respeitando as normas de cautela com a fauna e flora. “Não houve registro de nenhuma intercorrência envolvendo animais silvestres no decorrer da manutenção efetuada no trecho em questão”, declarou a administração municipal.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos informou que tem conhecimento da ocorrência de corujas nos arredores da Avenida Galileu Bicudo, assim como em outros pontos da cidade. A Prefeitura ressaltou que, desde julho de 2021, por meio das secretarias do Meio Ambiente e da Saúde, mantém parceria com Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) Núcleo da Floresta, localizado em São Roque.
“Essa parceria possibilita que os animais silvestres machucados, órfãos, em situação de risco ou vítimas de tráfico sejam recebidos pela Prefeitura e encaminhados ao CRAS Núcleo da Floresta, onde são examinados, tratados e reabilitados para soltura em locais adequados a eles”, informa o Poder Público.
Corujas buraqueiras
A coruja-buraqueira é uma ave strigiforme da família Strigidae. Com o nome científico Athene cunicularia (“pequeno mineiro”), recebe esse nome por cavar buracos no solo. Vive cerca de nove anos em habitat selvagem. Costuma viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies, praias e aeroportos. Esse tipo de coruja tem hábitos diurnos e noturnos. É uma predadora de pequeno porte com hábito carnívoro-insetívoro.