Supostas brigas generalizadas em escolas de Itu repercutem
No último sábado (30/04), em sua página nas redes sociais, a Diretoria Regional de Ensino de Itu postou uma nota de esclarecimento após circular pela internet notícias a respeito de violência entre estudantes de escolas da cidade de Itu.
A nota destaca que a Diretoria de Ensino “repudia qualquer ato de violência ou ameaças de qualquer natureza praticados por alunos ou quaisquer indivíduos, sejam no interior ou nas imediações das escolas”.
A DE explicou que a rede estadual é atendida por programas que realizam ações educativas e preventivas “para que as escolas desenvolvem espaços de convivência, primando pela aprendizagem e conhecimento, e fazendo-se cumprir com o papel da Escola na sociedade”. Também foi destaco que as escolas possuem câmeras de monitoramento.
“Postagens, mensagens e ações que incitam a violência devem ser denunciadas, pois essa prática é crime e deve ser combatida por toda a sociedade e seus autores devidamente responsabilizados”, aponta a Diretoria de Ensino em nota, que ainda destaca que em qualquer ocorrência são comunicadas as autoridades policiais, contando com o apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e a GCM.
A nota foi divulgada após postagem da página “Região Notícias”, dando conta que a GCM e a Polícia Militar teriam dispersado, na tarde da última sexta-feira (29/04), um grupo de adolescentes nas proximidades da Escola Estadual “Anthenor Fruet”, no bairro Cidade Nova, em Itu. Segundo informações obtidas pela página, parte do grupo estava com pedaços de madeira e outros com pedras.
A página teria chegado a ser receber prints de conversas em que um dos envolvidos no conflito pedia para que fossem excluídos os grupos criados através do aplicativo de mensagens WhatsApp. A plataforma seria usada para divulgar os horários e locais onde ocorreriam as brigas.
Segundo o apurado pela reportagem do Periscópio, a briga seria entre alunos da Escola Estadual “Anthenor Fruet” e da Escola Estadual “Profª Bene Teixeira da Fonseca do Amaral Gurgel”. Na quinta-feira (28), ainda de acordo com a página “Região em Notícias”, duas adolescentes da “Anthenor Fruet” teriam entrado em luta corporal com direito a puxões de cabelos, socos, chutes e palavrões.
Outro caso de violência relatado pela página foi registrado na escola “Salathiel Vaz de Toledo”, no bairro São Judas Tadeu. Uma menor teria sido agredida por suas colegas de classe nos primeiros dias de aula. O caso teria acontecido no início da semana passada.
O JP chegou a entrar em contato com moradores da região do Pirapitingui, que disseram ser frequentes brigas entre estudantes. Ainda à reportagem, o vereador Luisinho Silveira (MDB), morador do bairro Cidade Nova, informou que propôs na Câmara Municipal uma intensificação na Ronda Escolar.
Fake News
Ao JP, um professor da escola “Anthenor Fruet” informou que os alunos que foram abordados na sexta-feira (29/04) estariam sentados em frente à escola como sempre ficam, quando os GCMs chegaram dispersando todos eles. “Os garotos sempre ficam por ali, devido ao campo de futebol, mas alguns alunos tinham jogado uma fake news dizendo que iria ter uma briga na frente da escola às 15h, mas às 15h não tem alunos no local, é hora do intervalo da escola”, explica.
Ainda de acordo com o educador, acredita-se que a fake news partiu de uma criança, mas tomou proporção por conta de páginas de Facebook. “Mas, enfim, os GCMs foram acionados por precaução, caso não fosse uma fake esses mesmos guardas estavam no ‘Benê Gurgel’, depois foram avisados que tinham alguns meninos na frente do CAIC [‘Anthenor Fruet’]. Os garotos jogando bola, os GCMs mandaram todos embora, aí virou toda a confusão, mas valeu a prevenção”.
Ainda sobre a repercussão o professor prossegue. “Se for ver os comentários dessa página [Região em Notícias], você vai encontrar os comentários dos garotos que estavam em frente à escola. Os jovens ficaram revoltados, pois não estavam devendo nada”. conta o educador, que preferiu não se identificar.
“Quem escreveu a mensagem sobre a suposta briga é claramente uma criança, devido aos erros de escrita. Não sabemos de qual escola pertence o aluno, porém, assim que encontrado, será punido”, conclui.